Pobreza é mais cruel no Agreste de Pernambuco, mas fenômeno se urbaniza e se espalha pela metrópole

No Agreste de Pernambuco, a pobreza vem avançando e passou de um percentual de 40,05% da população da região para 59,62% entre 2012 e 2021
Adriana Guarda
Publicado em 19/08/2022 às 19:49
Foto: NE10


O Agreste é aregião mais pobre de Pernambuco. Se no Estado, metade da população vive na pobreza, no Agreste esse percentual é de quase 60% (o dobro do Brasil).

Em 2021, a mesorregião alcançou recorde de pobreza desde o início da série histórica da FGV Social em 2012, com uma taxa de 59,62%.

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No Agreste, a pobreza vem avançando e passou de um percentual de 40,05% da população da região para 59,62% entre 2012 e 2021.

Thiago Lucas/Arte JC - Agreste é a região mais pobre de Pernambuco

"O Recife tem o menor percentual de pobreza do Estado, mas o fenômeno tem avançado rapidamente nos últimos anos, numa demonstração de urbanização", destaca o diretor da FGV Social, Marcelo Neri.

Em um período de 8 anos, entre 2014 (quando o Brasil saiu do Mapa da Fome) e 2021, a participação das pessoas em situação de pobreza avançou dez pontos percentuais, passando de 26% para 36%. O fenômeno também se confirmouno Grande Recife, com a pobreza saindo de 30% para 45% da população no mesmo período.

Grande Recife é a metrópole com mais pessoasem extrema pobreza no Brasil
Além do estudo da FGV Social, oBoletim Desigualdade nas Metrópolestambém aponta a situação complexa do Grande Recife.

Pelo levantamento, 13% da população da RMR vive em extrema pobreza (com renda menor que R$ 160/mês) e 39,7% vive em situação de pobreza,recebendo R$ 465 por mês. Isso quer dizer que mais da metade das pessoas (52,7%) está nesta condição.

O estudo foi realizado a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua trimestral, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Depois do Grande Recife, que aparece com 13% da população em extrema pobreza, surgem as regiões metropolitanas de Salvador (12,2%), Manaus (11,1%), João Pessoa (10,7%) e São Luís (10,1%).

 

 

 

 

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