Atualizado com os dados do Ipec, o Agregador de Pesquisas JC/Oddspointer mostra o panorama da corrida pelo Governo de Pernambuco na véspera da eleição. Os números indicam um contraste entre a imprevisibilidade da disputa pelo executivo com a aparente manutenção do quadro da intenção de voto para o Senado.
De acordo com os dados, Marília Arraes (Solidariedade) chega à véspera da eleição mantendo o patamar de intenção de voto atingido desde julho. A deputada federal tem 33,7%, o que representa uma vantagem de quase vinte pontos percentuais entre o primeiro e o segundo lugar da disputa.
"Desde que a Marília entrou na disputa para governadora, desde quando ela começa a ser cotada no final de de março e começo de abril, ela já entra na dianteira. Ela amplia um pouco essa a intenção de voto, com tendência de crescente a partir de junho", avalia Vinicius Alves, revisor de dados e métodos do Odds Pointer.
Dessa forma, Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (UB) aparecem disputando a vaga para um eventual segundo turno. A ex-prefeita de Caruaru tem 14,1% de intenção de voto, enquanto o ex-prefeito de Petrolina possui 13,1%.
"Raquel ainda consegue se manter na segunda colocação. Em alguns momentos, tem uma proximidade maior da primeira colocação que os outros candidatos. Mas, hoje. Raquel e Miguel Coelho estão praticamente empatados. (...) Elas enfrentam uma disputa muito intensa com os outros candidatos pela segunda colocação", pontua Alves.
O agregador indica que eles conseguem uma ligeira vantagem sobre Anderson Ferreira (PL) e Danilo Cabral (PSB). O ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes tem 11,5% de intenção de voto, enquanto o candidato governista tem 10,6%.
O Agregador de Pesquisas JC também calcula a probabilidade de cada candidato chegar na segunda colocação. Raquel Lyra aparece com 21% de chances de garantir a vaga no segundo turno, enquanto Miguel Coelho e Anderson Ferreira possuem 20% cada. Danilo Cabral tem 15%.
Teresa Leitão (PT) segue liderando com folga a disputa pela Câmara Alta em Pernambuco. Apesar de eleições para o Senado terem histórico de imprevisibilidade, a candidata do PT desfruta de uma diferença de quase 18 pontos percentuais para o segundo colocado, Gilson Machado (PL).
Trata-se de uma diferença superior ao número de eleitores que indicam votar em branco ou nulo, o que deixa pouca margem para manobra às vésperas da eleição.
"Teresa abriu uma vantagem muito grande. Então é muito muito improvável que que tenha uma reviravolta nas vésperas. Às vezes acontece nas eleições pro Senado", pontua Vinicius Alves.