O presidente acusa o petista de descumprir a decisão provisória em que proíbe a veiculação da propaganda.
Segundo decisão do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, o material usa de informações descontextualizadas para prejudicar a imagem de Bolsonaro.
Apesar da proibição, o vídeo voltou a ser exibido nas inserções do ex-presidente. Os advogados de Bolsonaro pedem "medidas excepcionais" para garantir que a decisão seja cumprida.
"Os representados não só veicularam a inserção vedada, como intensificaram a exibição nos blocos de maior audiência no domingo, obtendo a melhor audiência para públicos de menor renda e menos escolarizados, de modo a potencializar os efeitos da inverdade e da ofensa", escrevem os advogados do presidente.
MEDIAS EXCEPCIONAIS
A equipe de Jair Bolsonaro sugere que se aplique a penalidade de suspender todas as propagandas de Lula na televisão até que o petista comprove o cumprimento da ordem do TSE.
A equipe jurídica de Bolsonaro também pede ao TSE que notifique o Ministério Público Eleitoral (MPE) para a abertura de uma investigação sobre possível crime de desobediência, inclusive com a apreensão do celular que recebeu a ordem de suspensão imediata da peça publicitária.
LULA CANIBALISMO EM PROPAGANDA ELEITORAL
A propaganda questionada mostra uma entrevista concedida por Bolsonaro ao jornal americano New York Times, em 2016, em que o presidente afirma que comeria "índio sem problema nenhum". O vídeo em questão está no próprio canal do presidente no YouTube.
"Eu comeria o índio sem problema nenhum, é a cultura deles, e eu me submeti àquilo, tá ok?", diz Bolsonaro em um trecho da entrevista.