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Ex-carcereiro de Lula declara voto e recebe ligação do petista; saiba mais

Jorge Chastalo Filho, carcereiro de Lula (PT) durante a prisão do ex-presidente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, declarou voto e chamou atenção do petista

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Augusto Tenório

Publicado em 10/10/2022 às 18:09
Lula - MIGUEL SCHINCARIOL / AFP

Jorge Chastalo Filho, carcereiro de Lula (PT) durante a prisão do ex-presidente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, declarou voto no petista. O agente da PF, de acordo com a colunista Bela Megale, do o Globo, chegou a receber uma ligação do candidato à Presidência.

Lula passou 580 dias preso por causa das condenações assinadas por Sergio Moro – ex-juiz que, após a prisão do petista, se tornou ministro de Bolsonaro (PL) e candidato à Presidência – no âmbito da Lava Jato. 

Ex-chefe do Núcleo de Operações da Polícia Federal em Curitiba, Chastalo respondia pelos trâmites relacionados à prisão não somente de Lula, mas de todos os detentos da Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense.

Agente da Polícia Federal Jorge Chastalo e Lula na sede da PF em Curitiba - Marlene Bergamo/Folhapress

"Diante da tragédia que estamos vivendo, eu declaro voto com todo vigor do meu peito", disse Jorge ao colunista Thiago Herdy, do portal UOL. Chastalo se tornou adido da Polícia Federal em Lima, no Peru. Ele ficou conhecido, em 2017, como Rodrigo Hilbert da PF.

Entre as atribuições de Chastalo, durante a prisão de Lula, estava a vistoria e o controle de objetos e alimentos que entravam nas celas dos detentos, assim como as visitas. Dessa forma, ele teve oportunidade de conversar com figuras como Chico Burque, Noam Chomsky e Pepe Mujica.

"O ex-presidente me ligou e agradeceu. Conversamos amenidades, mas muito rapidamente, porque ele está correndo com a campanha", disse Chastalo à colunista Bela Megale. Apesar disso, ele afirma não pedir voto" e se recusa a fazer campanha: "Apenas declarei que meu voto é nele", completa.

As condenações de Lula, após as matérias da Vaza Jato e a associação de Sergio Moro ao Governo, foram anuladas pelo Superior Tribunal Federal (STF). O ex-juiz, após ter candidatura à Presidência naufragada, elegeu-se senador e declarou voto em Bolsonaro.

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