Diante do receio de alguns políticos de o governo Bolsonaro (PL) dificultar a transição com a equipe do candidato eleito, o petista Lula, o Tribunal de Contas da União (TCU) informou nesta segunda-feira (31) que vai supervisionar todo o processo. Essa é uma medida adotada de forma inédita pelo órgão e foi discutida e definido juntamente com o presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
De acordo com o presidente em exercício do TCU, o ministro Bruno Dantas, um comitê será formado por ministros do tribunal que terão a responsabilidade de supervisionar as informações relativas a aspectos financeiros, administrativos, orçamentários e operacionais do atual governo que serão repassadas para a equipe de Lula - a portaria validando a criação do comitê foi assinada hoje (31).
O próprio ministro Bruno Dantas, presidente do TCU, fará parte do comitê. Além dele, os ministros Antônio Anastasia, Jorge Oliveira e Vital do Rêgo também irão compor a equipe que vai supervisionar a transição entre os dois governos.
Apesar de a transição ser estabelecida em lei - idealizada e promulgada durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002 -, a presença de membros do TCU é pelo receio de Bolsonaro não compartilhar as informações corretas sobre a gestão do governo e dificulte a chegada da equipe do presidente eleito.
FORMAÇÃO DA EQUIPE DE TRANSIÇÃO
O nome de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República eleito, surge como o principal para encabeçar a equipe de transição do presidente Lula. O grupo pode ser composto por até 50 nomes para ocupar cargos especiais para se inteirar a respeito do funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a administração pública federal.
Com a ajuda do Tribunal de Contas da União, que tem a responsabilidade de fiscalização contábil, financeira, orçamentária das entidades e órgãos públicos do Brasil. Analisando a legitimidade, economicidade e legalidade operacional das contas do País, a equipe de transição vai preparar todas as iniciativas que serão editadas por Lula após o ato da posse como novo presidente.