O endereço no Lago Sul, em Brasília, que foi alugado para sediar o comitê da campanha de Jair Bolsonaro (PL) virou um "QG do golpe", onde bolsonaristas tentam articular novas empreitadas contra o resultado das eleições 2022.
A informação foi revelada pela coluna de Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles. Segundo o jornalista, que acompanhou as movimentações na ex-sede do comitê de campanha, Braga Netto, que concorreu a vice na chapa de Bolsonaro, é um dos entusiastas, batendo ponto frequentemente no local.
Na quinta-feira, segundo a coluna, o general Braga Netto recebeu o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra, conhecido propagador do discurso radical bolsonarista.
Abordado na saída, Terra admitiu que foi ao local tratar da auditoria contratada pelo PL, o partido de Bolsonaro, para questionar as urnas eletrônicas.
O general, relata a coluna, tem se dividido entre “QG do golpe” e visitas frequentes a Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Nesta quinta, ele deixou a casa e foi direto para a residência presidencial.
Braga Netto se recusou a falar com a imprensa sobre as atividades no local. Já o PL, partido de Bolsonaro, disse não ter conhecimento das atividades na casa, mas não respondeu se ainda paga as despesas do imóvel.