Tensão

COMO ESTÁ BRASÍLIA AGORA? Após ataque de bolsonaristas, governador do DF diz que 'a ordem é prender os vândalos'

Ibaneis Rocha afirmou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupo Tático Operacional (Gtop) 5 e 6 estão nas ruas para conter possíveis novos ataques

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 12/12/2022 às 22:53 | Atualizado em 12/12/2022 às 23:36
ATAQUES EM BRASÍLIA Ibaneis Rocha classificou como "simplesmente inaceitável" o ato radical - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Informações divulgadas nesta segunda-feira (12) pelo Correio Braziliense apontam que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), acionou todas as forças policiais para enfrentar os bolsonaristas que promoveram ataques em Brasília ao longo da noite. O emedebista afirmou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Grupo Tático Operacional (Gtop) 5 e 6 estão nas ruas.

"A ordem é prender os vândalos", disse o chefe do Executivo do DF ao jornal.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter focos de incêndio em diversos veículos. Cinco ambulâncias de atendimento pré-hospitalar, seis caminhões de combate a incêndio e uma caminhonete da corporação estão sendo usados nas ocorrências.

O tumulto na capital começou depois que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) queimaram carros e tentaram invadir a sede da Polícia Federal nesta noite. A ação foi motivada pela prisão de José Acácio Serere Xavante pela suposta prática de condutas ilícitas em atos com pautas antidemocráticas, mediante ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Depois da investia dos manifestantes, o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram nesta quarta-feira, 12, o hotel do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica. A recomendação dos órgãos de trânsito é a de que os motoristas evitem o centro da cidade.

"As imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal".

Em nota, a Polícia Federal diz que "cumpriu no fim da tarde desta segunda-feira (12/12), em Brasília/DF, ordem de prisão temporária expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em desfavor de cidadão indígena", disse a PF.

"O preso encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido", continou.

Sobre os ataques, a PF disse que os "distúrbios verificados nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)".

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