Brasília

A dez dias para a posse, Lula visita Granja do Torto, residência que vai ocupar no início do governo

Processo de desocupação da residência oficial da Presidência começou na semana passada. Nos últimos dias, caminhões estacionaram em frente ao Alvorada e ao Palácio do Planalto para retirar a mudança do presidente Jair Bolsonaro

Cadastrado por

Renata Monteiro

Publicado em 20/12/2022 às 20:29
Luiz Inácio Lula da SIlva tomou posse como presidente do Brasil neste domingo (1º), em Brasília - EVARISTO SA / AFP
Do Estadão Conteúdo
 
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta terça-feira, 20, a Granja do Torto e inspecionou, durante quase uma hora e meia, as instalações do local em que vai morar no início do governo. A residência de veraneio da Presidência da República deve ser utilizada por Lula e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, antes de o casal se mudar para o Palácio do Alvorada.
 
Como mostrou o Estadão, o Alvorada ainda será submetido a procedimentos de varredura da Polícia Federal (PF) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O processo de desocupação da residência oficial da Presidência começou na semana passada. Nos últimos dias, caminhões estacionaram em frente ao Alvorada e ao Palácio do Planalto para retirar a mudança do presidente Jair Bolsonaro (PL).
 
Aliados de Lula chegaram a se queixar da demora de Bolsonaro para desocupar o Alvorada. O presidente eleito disse até mesmo que poderia ter de começar o governo morando no hotel em que está hospedado. O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou, depois, que o gabinete de transição tentaria antecipar a liberação de uma das residências oficiais do governo para prepará-la.
 
 
Além das dificuldades impostas por Bolsonaro, a Granja do Torto também não era vista como uma alternativa para hospedar Lula, neste momento, porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, morava na residência há três anos. Guedes deixou o Torto na sexta-feira, 16, e saiu de férias.
 
A visita de Lula à Granja do Torto ocorreu após muitas negociações, nesta terça, para a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição na Câmara. A proposta abre espaço no teto de gastos para o futuro governo custear o pagamento de R$ 600 aos beneficiários do Bolsa Família.

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