INVESTIGAÇÃO CONTRA BOLSONARO

BOLSONARO fala sobre CAIXA 2: Veja o que diz o ex-presidente sobre denúncias

Site Metrópoles revelou que, após quebra de sigilo telefônico de tenente-coronel, investigadores veem indícios dos crimes por parte do ex-presidente

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JC

Publicado em 21/01/2023 às 12:33
Ex-presidente Jair Bolsonaro - ISAC NÓBREGA/ACERVO PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou sobre a reportagem do site Metrópoles que revelou acusações como prática de caixa 2 e lavagem de dinheiro com recursos oriundos do cartão corporativo da presidência.

"Nunca foram feitos saques do cartão corporativo pessoal que ficava nas mãos dos ajudantes de ordens, bem como nunca se utilizaram do mesmo", alegou Bolsonaro. 

Segundo a publicação do portal, após a quebra dos sigilos telefônicos do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, o “coronel Cid”, ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, investigadores veem suspeitas dos crimes a partir das movimentações financeiras feitas além de áudios e vídeos do integrante das Forças Armadas. 

De acordo com o Metrópoles, investigadores já acharam pagamentos, com dinheiro do caixa informal gerenciado pelo tenente-coronel, de faturas de um cartão de crédito emitido em nome de uma amiga do peito de Michelle Bolsonaro que era usado para custear despesas da ex-primeira-dama.

"A primeira dama utilizou o cartão adicional de uma amiga de longa data. A utilização se deu porque a Michelle não possuía limites de créditos disponíveis. A última utilização foi em julho de 2021, cuja fatura resultou em quatrocentos e oito reais e três centavos", respondeu o ex-presidente ao portal. 

Ainda segundo a apuração do Metrópoles, Cid centralizava recursos que eram sacados de cartões corporativos do governo ao mesmo tempo em que tinha a incumbência de cuidar do pagamento, em dinheiro vivo, de diversas despesas da família presidencial, incluindo contas pessoais de familiares da então primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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"Os ajudantes de ordens nunca tiveram acesso a nenhum cartão corporativo de nenhum órgão e muito menos de nenhuma organização militar. Isso é facilmente comprovado no Portal da Transparência, afirmou Bolsonaro.

A investigação já teria revelado um modus operandi similar às rachadinhas que um dos filhos de Bolsonaro passou a ser investigado no Rio de Janeiro. Sempre fazendo saques em espécie, assim como pagamentos, e uso de funcionários de confiança nas operações. 

Para além do montante sacado a partir de cartões corporativos que eram usados pelo próprio staff da Presidência, o site revelou que apareceram indícios de que valores provenientes de saques feitos por outros militares ligados a Cid e lotados em quartéis de fora de Brasília eram repassados ao tenente-coronel Cid.

Saques no Planalto

Os policiais já tiveram acesso às fitas de caixa e pediram imagens do circuito de segurança da agência bancária onde os pagamentos eram feitos, que segundo a publicação foi a agência 3606 do Banco do Brasil, que funciona no complexo do Palácio do Planalto.

As investigações apontam, conforme o Metrópoles, que ex-presidente aparece como interlocutor em várias das mensagens que Cid mantinha em seus aplicativos e foram copiadas pelos investigadores com autorização de Alexandre de Moraes.

Áudios enviados por Bolsonaro  indicam que ele tinha conhecimento e controle de tudo o que Cid fazia, inclusive dos pagamentos em espécie e de mensagens enviadas a extremistas. 

 

Confira gastos de Bolsonaro no cartão corporativo, segundo Portal da Transparência

As informações foram reveladas pelo portal Metrópoles.

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