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Lula defende ampliação de Conselho da ONU e governança global do clima

'Eu acho que o Conselho de Segurança da ONU hoje é de uma geopolítica de 45', afirmou Lula

Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 12/02/2023 às 15:50
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, conversou como presidente dos EUA, Joe Biden, nesta quarta-feira (16) - ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/POOL/AFP

Da Agência Estado

Depois de seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que é preciso desenvolver uma governança global para combater as mudanças climáticas de forma efetiva e que o Conselho de Segurança das Nações Unidas precisa se atualizar para cumprir essa demanda.

"Eu acho que o Conselho de Segurança da ONU hoje é de uma geopolítica de 45", afirmou, em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo veiculada na noite de sábado (11) e referindo-se ao ano de fundação (1945) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Segundo Lula, o Conselho de Segurança - que hoje é composto por Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China como membros permanentes - deveria ampliar seu quadro com países africanos e outras nações como Brasil, Alemanha, Índia, Japão, México e Argentina.

"O que precisa é que a gente tenha mais representatividade, para que quando se tomar uma decisão, essa decisão possa ser cumprida e a gente possa ter certeza de que a gente vai recuperar o planeta terra para nós", disse o presidente da República.

No mesmo sentido, Lula reforçou as promessas de combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal na Amazônia, comprometendo-se por trabalhar pelo desmatamento zero até 2030.

'Guerra Fria' e guerra na Ucrânia

Lula também se manifestou a respeito dos embates políticos e econômicos entre Estados Unidos e China e garantiu que não pretende entrar nessa "guerra fria". " O Brasil tem na China e nos Estados Unidos dois grandes parceiros comerciais e a gente quer manter a relação", afirmou.

Ele aproveitou para destacar que esse é um ótimo momento para fortalecer as relações entre o Mercosul e a União Europeia. "O que a Europa tem que compreender é que a Europa, junto com a América do Sul, a gente pode formar um bloco muito mais forte para negociar com essas duas potências", disse.

O presidente também voltou a falar da guerra entre Rússia e Ucrânia, repetindo sua proposta de formar uma aliança de países que não estão envolvidos no conflito e que poderiam agir para buscar um cessar-fogo entre os países, como um "G-20 pela paz". "O Putin tem que compreender que está errado", acrescentou.

Discussão de temas bilaterais com os EUA e convite a Biden para visita ao Brasil

Em reunião em Washington na sexta-feira, 10, Lula e Biden discutiram temas bilaterais e também pautas de interesse global, como defesa da democracia, disponibilização de fundos internacionais para países de grande biodiversidade e promoção de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

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