Nesta sexta-feira (10) enfermeiros, técnicos e auxiliares da enfermagem promoveram uma paralisação nacional com o intuito de cobrar dos Poderes o pagamento do piso salarial aprovado.
Segundo a Classe, 70% dos profissionais aderiram a grave e os outros 30% seguem trabalhando. Já de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde nenhuma unidade foi afetada.
LEIA NESTA MATÉRIA:
- A MANIFESTAÇÃO NO RECIFE
- O INTUITO DO PROTESTO
- A ADESÃO DO MOVIMENTO EM OUTRAS CIDADES
- SOBRE O PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM
A MANIFESTAÇÃO NO RECIFE
O protesto começou por volta das 08:30, na Praça do Derby, centro do Recife. Às 11h20, seguiu pela Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores viários da cidade, em direção ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. O ato interditou o sentido Centro da via.
O INTUITO DO ATO NÃO É PREJUDICAR A POPULAÇÃO
O deputado estadual e presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren) Gilmar Júnior afirmou, por meio de nota, que o intuito do protesto é apenas pressionar o pagamento do piso.
"A greve tem como objetivo principal pressionar os governos estadual e federal a pagarem o piso da enfermagem, que no momento encontra-se sub judice no Supremo Tribunal Federal. Mas as avaliações são feitas e a categoria entende que não houve uma mobilização de fato para que o governo federal ou o governo estadual evitasse a deflagração de greve, então, a greve se tornou inevitável"
ADESÃO DO MOVIMENTO EM OUTRAS CIDADES
A manifestação organizou-se em outras cidades, com horário e local marcados:
- Fortaleza: Praça José Alencar, a partir das 7h;
- João Pessoa: Praça da Paz, a partir das 8h; em frente ao Assaí da Epitácio, a partir das 16h;
- Recife: Praça do Derby, a partir das 8h;
- Salvador: Largo de Nazaré, a partir das 8h.
- Rio de Janeiro: Hospital Souza Aguiar, a partir das 10h;
- Curitiba: Praça Rui Barbosa, a partir das 15h;
O PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM
A Lei nº 14.434 fixou o valor do piso da enfermagem em R$ 4,7 mil, tendo sido aprovado pelo Congresso e sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2022. Porém, a Lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.
Entretanto, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) afirma que os fundos públicos federais acumulam superávit de quase R$ 28 bilhões e ainda há recursos de royalties da exploração do pré-sal que podem ser utilizados para o piso da enfermagem.