Nesta segunda-feira (10), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu que a Corte vai tratar da notícia-crime do advogado Tacla Duran que acusou o ex-juiz e senador Sergio Moro de extorsão na Operação Lava Jato.
Além de Moro, o ex-procurador e atual deputado federal Deltan Dallagnol também é citado por Tacla Duran.
Com informações da Agência Brasil.
LEWANDOWSKI MANTÉM CASO DE MORO E DALLAGNOL NO STF
O relato aconteceu em um depoimento prestado ao juiz Eduardo Appio, atual titular nos casos da Lava Jato. Appio decidiu enviar o caso ao Supremo, para que o tribunal decidisse a quem cabia investigar os fatos contados por Tacla Duran.
Após ouvir a Procuradoria-Geral da República (PGR), Lewandowski decidiu que o caso deve ficar no STF.
As principais justificativas do órgão são de que alguns dos fatos teriam acontecido quando Moro já era ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro e de que, atualmente, ele é senador, cargo que lhe dá foro privilegiado.
"Aplica-se ao caso o precedente firmado na Ação Penal 937/DF quanto à prorrogação da competência, considerando que, segundo a PGR, alguns dos supostos atos podem ter sido praticados no exercício de cargos com foro especial por prerrogativa de função", afirmou o ministro.