O Partido Liberal (PL), em que ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado, instruirá sua bancada na Câmara dos Deputados a rejeitar o Projeto de Lei (PL) que combate a disseminação de Fake News.
A posição do partido já foi comunicada aos parlamentares, mas será oficialmente transmitida pela liderança nesta terça-feira (2).
PARTIDO LIBERAL VAI ORIENTAR BANCADA CONTRA PL DAS FAKE NEWS
De acordo com informações da CNN Brasil, a solicitação partiu do presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, napós a maioria da bancada ter votado contra, mas alguns deputados se abstiveram ou votaram a favor.
As informações foram divulgadas no perfil oficial do partido, que nomeou o PL das Fake News de "PL da Censura".
O objetivo deste posicionamento, como foi divulgado no Twitter do Partido Liberal, está relacionado à falta de discussão sobre o PL das Fake News com os deputados eleitos em 2022.
Segundo aliados, Valdemar da Costa Neto acredita que mais de 90% da bancada votará contra o PL das Fake News e o partido não pretende punir aqueles que discordarem da posição oficial.
Ainda conforme a CNN, o Partido Liberal, o Republicanos e a bancada evangélica tem se mobilizado para conseguir uma boa quantidade de votos contra o PL das Fake News.
O QUE É O PL FAKE NEWS?
O Projeto de Lei 2630/2020, também conhecido como PL das Fake News, foi criado para combater a disseminação de notícias falsas, discursos de ódio e desinformação nas redes sociais e na internet em geral.
A lei propõe as seguintes medidas:
- a obrigatoriedade de identificação dos usuários das redes sociais;
- a transparência nos algoritmos usados pelas plataformas;
- a remoção de conteúdo falso e prejudicial;
- a criação de canais de denúncia;
- a fiscalização contínua de perfis dos usuários na internet.
PL DAS FAKE NEWS QUER REGULAMENTAR PLATAFORMAS DIGITAIS
O Poder 360 informou que, além das propostas iniciais presentes no PL das Fake News, também está sendo recomendado que as plataformas digitais (Google, Meta, Twitter e Tik Tok) sejam regulamentadas.
De acordo com este portal, a discussão sobre a regulamentação das grandes plataformas online passou a ter visibilidade depois que crimes foram cometidos e, após o período de investigação, os casos envolveram publicações com discurso de ódio, disseminação de notícias falsas, apologia ao neonazismo, entre outras particularidades, dentro destes aplicativos.