'Rachadinha'

DEPÓSITO MICHELLE BOLSONARO: PF identifica depósitos de MAURO CID para ex-primeira-dama; confira os detalhes

Os valores repassados para Michelle somam R$ 8.600,00 e, segundo a PF, os depósitos eram semelhantes aos casos de 'rachadinha'.

Cadastrado por

Jones Johnson

Publicado em 15/05/2023 às 17:00 | Atualizado em 15/05/2023 às 17:01
Polícia Federal (PF) pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro - ISAC NÓBREGA/PR

Nesta segunda-feira (15), a Polícia Federal (PF) segue com investigações em torno do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A informação mais recente é a suspeita de desvio de dinheiro e depósitos em dinheiro vivo para a conta da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Conforme apurou o portal UOL, os repasses do dinheiro eram feitos por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que está preso desde o último dia 3 por articular um esquema de fraude nos cartões de vacinação contra a covid-19.

MENSAGENS VIA WHATSAPP

A investigação mostrou que havia troca de mensagens pelo aplicativo Whatsapp e imagens de sete comprovantes de depósitos em dinheiro vivo feitos por Mauro Cid e encaminhados às assessoras da ex-primeira-dama.

Os valores repassados para Michelle somam R$ 8.600,00 e, segundo a PF, os depósitos eram semelhantes aos casos de 'rachadinha', feitos em pequenos valores para que órgãos de controle não identificassem as irregularidades nas transferências.

"Esses depósitos ocorreram predominantemente de forma fracionada, ou seja, o depositante ao invés de utilizar um único envelope com a quantia desejada, fracionou o valor total em dois envelopes distintos, realizando os depósitos de forma sucessiva em curto espaço temporal (minutos)", diz a PF.

 


Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid fazia depósitos em dinheiro vivo para Michelle Bolsonaro, revela a Polícia Federal. Pagamentos em espécie são considerados suspeitos pela falta de rastreio. Defesa rebate. - Reprodução/Facebook

O QUE DISSE A DEFESA

Segundo a defesa de Bolsonaro e Michelle, não houve nenhuma irregularidade sobre os pagamentos e "tem absoluta convicção que todos os pagamentos referentes ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios".

Uma nota do ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fábio Wajngarten, afirmou que "pequenos fornecedores e/ou prestadores de serviços informais recebiam em espécie a fim de proteger a privacidade do ex-presidente, bem como evitar exposição desnecessária e riscos de fraudes".

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