O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao Japão na noite desta quarta-feira (18) - manhã de sexta-feira (19) no horário local - para participar do segmento de engajamento da Cúpula do G7, que reúne líderes das sete maiores economias do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Durante sua estadia no país anfitrião do encontro, Lula também terá reuniões mútuas com alguns governantes, entre eles o presidente da França, Emmanuel Macron.
O presidente brasileiro busca auxílio para negociação de uma aliança de paz entre Rússia e Ucrânia. Lula já tratou da pauta com vários líderes mundiais. O diálogo com Emmanuel Macron já estava sendo ensaiado há algum tempo.
Os dois estiveram juntos na festa de coroação do Rei Charles, em Londres, no começo do mês, porém, não tiveram oportunidade para uma conversa para tratar do assunto.
“Alguém nesse mundo tem que se preocupar com a paz, tomar uma decisão e tentar convencer aqueles que estão em guerra a pararem com a guerra, sentarem e negociar”, afirmou Lula em entrevista, quando esteve em Londres.
O ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, realizou viagens à Rússia e à Ucrânia para se reunir diretamente com líderes dos dois países e entender suas demandas principais, visando a possibilidade de iniciar negociações de paz.
O QUE LULA FARÁ NO G7?
Durante sua participação na Cúpula do G7 em Hiroshima, o presidente Lula e outros líderes irão priorizar a discussão sobre a guerra, assim como a segurança alimentar, os problemas causados pela inflação e o alto endividamento das nações em desenvolvimento, as ações de combate às mudanças climáticas, fortalecimento do sistema mundial de saúde, entre outros temas.
COMO SERÁ A AGENDA DE LULA NO JAPÃO?
Na tarde de sexta-feira, horário local de Hiroshima, às 17h, o presidente Lula terá uma reunião agendada com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.
Já na manhã de sábado, dia 20, às 8h45, horário local, o presidente se encontrará com Fumio Kishida, primeiro-ministro do Japão e anfitrião do evento como presidente temporário do G7, que convidou Lula para participar da cúpula durante um telefonema em abril. Os horários especificados são correspondentes ao fuso horário de Hiroshima, sendo 20h45 de sexta no horário de Brasília.
Durante a reunião com o premiê japonês, Lula discutirá tópicos como o aumento do comércio e investimentos bilaterais, cooperação na descarbonizarão e a integração da comunidade brasileira no Japão - que é a quinta maior do mundo.
Também serão abordadas questões internacionais como a paz e segurança, além do combate às mudanças climáticas. Em 2022, o comércio entre Brasil e Japão atingiu US$ 11,9 bilhões, com um superávit de US$ 1,3 bilhão para o Brasil. Além disso, o Japão é uma importante fonte de investimento direto no Brasil, com um estoque de cerca de US$ 22,8 bilhões.
No sábado, Lula se encontrará com o presidente da Indonésia antes de participar da primeira sessão de trabalho da cúpula do G7 com os oito países convidados e organizações internacionais. O evento discutirá desafios contemporâneos como segurança alimentar, saúde, gênero e democracia.
Lula também se reunirá com o presidente francês, Emmanuel Macron, antes de participar da segunda sessão de trabalho sobre assuntos ambientais e enfrentamento das mudanças climáticas. Mais tarde, Lula se encontrará com o primeiro-ministro da Alemanha.
No domingo, todos os chefes de delegação visitarão o Parque Memorial da Paz de Hiroshima para homenagear as vítimas da bomba atômica. A terceira e última reunião de trabalho da cúpula discutirá paz, prosperidade e desenvolvimento.
Lula também se encontrará com o secretário-geral da ONU e o primeiro-ministro do Vietnã antes de se reunir com empresários japoneses e representantes do banco de financiamento JBIC. Lula encerrará a viagem com uma coletiva de imprensa antes de retornar ao Brasil na segunda-feira.
Informações da Agência Brasil