O julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível foi marcado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o próximo dia 22 de junho.
O processo foi aberto contra Bolsonaro após a reunião com embaixadores, realizada em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação.
Caso ele seja condenado, Bolsonaro ficará inelegível por oito anos e não poderá disputar as próximas eleições, que acontecem em 2024.
ABUSO DE PODER POLÍTICO
Na ação do TSE, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
O PDT foi o partido responsável por entrar com a ação no TSE, logo após a reunião do ex-presidente com embaixadores.
Após a ação, o Tribunal determinou, de forma liminar, que as imagens do encontro fossem removidas das redes sociais e da transmissão oficial do evento, alegando que houve "divulgação de fatos inverídicos ou descontextualizados sobre o sistema de votação.
Segundo a Agência Brasil, o parecer da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) que foi enviado ao TSE, defendia a condenação de Jair Bolsonaro.
Segundo o órgão, ele divulgou informações falsas sobre o sistema de votação brasileiro.
BOLSONARO INELEGÍVEL: veja COMO SERÁ O JULGAMENTO do EX-PRESIDENTE
DEFESA DE BOLSONARO
Durante a tramitação do processo, a defesa do ex-presidente alegou que o caso não poderia ser julgado pela Justiça Eleitoral.
Segundo os advogados, a reunião com embaixadores ocorreu no dia 18 de julho, período em que Bolsonaro ainda não era candidato oficial ao pleito eleitoral de 2022 e seu nome ainda não havia sido aprovado pelo partido.