A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, participou nesta quarta-feira (5), em Mumbai, na Índia, do Encontro dos Ministros de Pesquisa e Inovação do G20. O Brasil assumirá a presidência do G20, pela primeira vez, em 1º de dezembro de 2023.
Em seu discurso, a ministra criticou a “exclusão tecnológica” e defendeu a transferência de tecnologia em condições favoráveis para países em desenvolvimento. “Minha impressão é que ainda estamos longe de alcançar os nossos compromissos. É nesse sentido que, durante a presidência brasileira do G20, daremos foco à redução das desigualdades e das assimetrias, buscando discutir a questão da inovação aberta para o desenvolvimento justo e sustentável”, afirmou.
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Luciana Santos também propôs o aprofundamento de debates sobre descarbonização da economia, transição energética, direito à saúde, desenvolvimento sustentável da Amazônia e combate às desigualdades. “Queremos contar com a colaboração ativa dos parceiros do G20 nesse processo de construção da nossa presidência”, ressaltou.
Segundo ela, a conjuntura internacional marcada pela pandemia da covid-19 e conflitos geopolíticos evidenciaram a fragilidade das cadeias globais de produção e fornecimento e acirraram a disputa pelo domínio tecnológico.
“É nesse contexto complexo que atuamos de forma pragmática para consolidar nossas relações tradicionais e buscar novas parcerias. Ao resgatar o protagonismo do Brasil no mundo, o presidente Lula confere à cooperação científica status especial dentro da política externa do seu governo”, disse.
G20
Fundado em 1999 após a crise financeira asiática, o G20 é o principal fórum de cooperação econômico internacional. O grupo é composto por 19 países (Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos) e a União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial. O G20 conta também com países convidados.