REFORMA

Haddad: Ninguém pensa em fazer ajuste fiscal com a reforma tributária nem com a do IR

O ministro da Fazenda afirmou que há um acordo com o Congresso Nacional para não lotar a discussão pública e retirar o foco da reforma tributária, prejudicando seu protagonismo no Senado

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Estadão Conteúdo

Publicado em 20/07/2023 às 15:10 | Atualizado em 20/07/2023 às 15:13
"Ninguém está pensando em fazer ajuste fiscal com reforma tributária nem com a reforma do Imposto de Renda", disse o ministro Fernando Haddad - Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (20), que as reformas tributária, em curso, e do Imposto de Renda, que ainda será apresentada, não têm como objetivo aumentar a arrecadação para auxiliar no ajuste fiscal.

Sobre a segunda, que chamou de "reforma da renda", Haddad disse olhar com cautela, por ter se tornado mais "complexa" que a reforma tributária. Há, também, segundo o ministro, um acordo entre o Ministério da Fazenda e o Congresso Nacional para não lotar a discussão pública e retirar o foco da reforma tributária, prejudicando seu protagonismo no Senado.

"Estamos com muita cautela em relação à reforma do Imposto de Renda. Não estou me adiantando em relação a essa reforma porque ela é muito complexa. Como foi menos discutida que a reforma do consumo, se tornou mais complexa", disse, ao acrescentar que uma reforma sobre a renda ainda requer amadurecimento da discussão. As afirmações foram feitas no lançamento de um pacote de microrreformas financeiras anunciado na sede da Fazenda no Rio.

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"Ninguém está pensando em fazer ajuste fiscal com reforma tributária nem com a reforma do Imposto de Renda", disse o ministro. Segundo ele, as duas propostas têm de ser neutras entre si: "se a gente melhorar a arrecadação com a reforma de renda, isso tem que nos permitir diminuir o imposto sobre o consumo", disse.

"Ajuste fiscal está sendo feito com eliminação de gasto tributário, revisitando questões antigas e acabando com 'penduricalhos'", continuou, em referência a renúncias fiscais.

Questionado por jornalistas a este respeito, na saída do evento, Haddad disse que há hoje renúncias equivalentes a 6% do PIB e encaradas como de baixo impacto social por sua equipe. Segundo ele, parte dessas renúncias estão sendo revisadas e tendem a aumentar a arrecadação.

 

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