A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, associou a saída de Jair Bolsonaro da presidência da República ao avanço das investigações a respeito do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Nesta segunda-feira (24), a Polícia Federal prendeu o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, suspeito de ocultar provas do crime.
"Muito bom o avanço da Polícia Federal nas investigações sobre o assassinato de Marielle e seu motorista Anderson Gomes. Só foi Bolsonaro sair da Presidência pro inquérito andar. Agora é chegar no mandante", escreveu Gleisi.
CASO MARIELLE FRANCO: PF PRENDE SUSPEITO de envolvimento na MORTE da VEREADORA
O assassinato de Marielle e Anderson ocorreu em março de 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado.
Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor, e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson.
Como mostrou o Estadão, na campanha presidencial de 2022, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, insinuou que Bolsonaro tem proximidade de milicianos e afirmou que "gente dele não tem pudor em ter matado a Marielle".
Quem era Marielle Franco?
Marielle Franco tinha 38 anos e era militante do Partido Socialismo e Liberdade (Psol). Nas eleições municipais de 2016, foi a quinta vereadora mais votada do Rio de Janeiro, com mais de 46 mil votos.
A política defendia com firmeza os direitos dos jovens negros, das mulheres, da comunidade LGBTQIA+ e era muito crítica à violência policial nas favelas do Rio.
Após a prisão de Suel nesta segunda-feira (24), a irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial do atual governo Lula, Anielle Franco, se pronunciou nas redes sociais.
"Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?", escreveu no Twitter.
Com informações da Estadão Conteúdo e AFP