QUEBRA DE SIGILO BOLSONARO: PF solicita quebra de sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e quer ouvir Michelle Bolsonaro, diz jornalista

Segundo jornalista, a Polícia Federal pediu ao STF a quebra de sigilo fiscal e bancário e a autorização para ouvir Bolsonaro sobre o esquema de venda de joias e presentes
Jones Johnson
Publicado em 11/08/2023 às 19:51
SIMPATIA Apoio religioso é central para presidente disputar reeleição Foto: ALAN SANTOS/PR


Com Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (11) a quebra de sigilo bancário e fiscal, além de autorização para que o ex-presidente Jair Bolsonaro preste depoimento sobre o suposto esquema internacional de venda de joias recebidas durante seu mandato.

O pedido ocorre após a deflagração da Operação Lucas 12:2, que apura se Bolsonaro, seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros dois assessores do ex-chefe do Executivo 'atuaram para desviar presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-Presidente para posteriormente serem vendidos no exterior'.

De acordo com o Estadão, a PF também quer ouvir a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. O FBI, a polícia americana, foi acionada para que as investigações avancem nos Estados Unidos. 

A investigação indica a possibilidade de o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidência - responsável pela análise e definição do destino (acervo público ou privado) de presentes oferecidos por autoridade estrangeira ao Presidente - 'ter sido utilizado para desviar, para o acervo privado, presentes de alto valor, mediante determinação' de Bolsonaro.

PRISÃO

Segundo a jornalista Eliane Cantanhêde, do Estadão, a avaliação é que já haveria indícios e provas suficientes para prender o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o general Mauro Lourena Cid e o advogado Frederick Wassef.

DEFESA DE BOLSONARO

Em nota, a defesa de Bolsonaro disse que o ex-presidente “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos”:

“Sobre os fatos ventilados na data de hoje nos veículos de imprensa nacional, a defesa do [ex] presidente Jair Bolsonaro, voluntariamente e sem que houvesse sido instada, peticionou junto ao TCU, em meados de março, requerendo o depósito dos itens naquela Corte até final decisão sobre seu tratamento, o que de fato foi feito. O [ex] presidente Bolsonaro reitera que jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”, declarou a defesa. 

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