Durante uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (15), o advogado de Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, admitiu que comprou o relógio de luxo da marca Rolex com dinheiro próprio.
Segundo informações da Agência Brasil, Wassef disse que estava nos Estados Unidos quando descobriu que o relógio estava lá e decidiu comprá-lo como presente para o governo federal. Wassef negou que havia sido designado para reaver o relógio que tinha sido vendido recentemente.
A COMPRA DO RELÓGIO
O ex-presidente recebeu o relógio como presente de autoridades sauditas em 2019. Durante o fim de seu mandato, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos, onde o relógio foi vendido ilegalmente, segundo a PF.
A venda do relógio se torna ilegal, uma vez que qualquer objeto de alto valor dado a autoridades do governo se torna patrimônio da União e não pode ser vendido.
O advogado do ex-presidente disse durante a entrevista que a compra do relógio não era ilegal, uma vez que foi feita com dinheiro próprio durante sua viagem aos EUA para resolver problemas pessoais.
“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha, não fiz a pedido de Bolsonaro nem de Mauro Cid e não foi uma recompra, porque eu nunca vi esse relógio antes. Eu fiz um favor para o governo brasileiro que me deve R$ 300 mil. E fiz o relógio chegar ao governo”, disse Wassef.
AS JOIAS DE BOLSONARO
Na última sexta-feira (11), a PF deflagrou a operação com o intuito de aprofundar as investigações referentes ao esquema de desvio e vendas no exterior das joias dadas ao ex-presidente.
Segundo informações do UOL, a Justiça Federal de Guarulhos enviou ao Supremo Tribunal Federal as investigações sobre as joias, como havia sido solicitado pelo Ministério Público Federal de São Paulo.
Em outubro de 2021, Bolsonaro recebeu da Arábia Saudita joias avaliadas em R$ 16,5 milhões.
Apenas quatro dias depois, o ex-presidente recebeu um segundo pacote contendo relógios, pulseiras, um par de abotoaduras, uma caneta rose gold, um anel e um masbaha (um tipo de rosário islâmico) rose gold.