Na noite desta segunda-feira (18), o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), participou do programa Roda Viva da TV Cultura. Na ocasião Sílvio foram debatidos alguns projetos do panorama aéreo brasileiro. Além disso, questões políticas referentes ao dialogo do Governo Lula com os evangélicos e as divergências internas do Republicanos, foram abordadas.
Durante o debate o ministro foi questionado sobre como acontece o diálogo do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a população evangélica, visto que grande parte desse público se sentia representada pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
Sobre isso, Sílvio afirmou que o governo Lula precisa "falar a verdade cada vez mais para o povo brasileiro e mostrar suas realizações".
"A percepção da sociedade vai ser muito maior que qualquer ação política que possa usar o seguimento evangélico, que é tão importante para o Brasil e as igrejas evangélicas, elas cumprem um papel social muito bonito no país. Então, o presidente Lula quer dialogar não só com o seguimento evangélico, mas dialogar com toda a sociedade", explicou.
Ao falar sobre essa relação do governo com os evangélicos, Sílvio Costa Filho mencionou o presidente nacional do Partido Republicanos, legenda ao qual é filiado, Marcos Pereira.
"Ele é evangélico, mas nunca misturou a relação da sua religião com o partido Republicanos, é alguém que defende a democracia, é alguém que defende a liberdade de expressão, é alguém que dialoga dentro do congresso com a esquerda, com a direita e tem ajudado o país nas pautas mais importantes que o governo precisa, é alguém que tem responsabilidade cívica com o Brasil, e naturalmente é alguém que pode ajudar muito o governo do presidente Lula no diálogo com o seguimento evangélico do país", destacou o ministro.
DIVERGÊNCIAS DENTRO DO REPUBLICANOS
Outro ponto abordado no debate foi se há divergências dentro do Republicanos visto que alguns políticos apoiam Lula e outros Bolsonaro.
Segundo Sílvio, "a beleza da democracia está sobretudo nos partidos".
Ele usou como exemplo o seu caso e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um que está ao lado de Lula e outro que ligado ao ideais de Bolsonaro e como eles foram respeitados dentro do partido.
"O governador Tarcísio é filiado ao partido, foi eleito pelos Republicanos, mas tem um diálogo permanente com o bolsonarismo. É alguém ligado ao ex-presidente Bolsonaro. E eu me filiei aos Republicanos e desde a época que era do movimento estudantil, eu sempre voltei no presidente Lula. Eu sou lulista, eu sou alguém de centro, eu sou alguém que defende o Estado inteligente, que defende o equilíbrio", explicou o ministro.
"O partido sempre respeitou a nossa posição, desde que eu me filiei aos Republicanos, o Partido sabia da minha posição política e nós estamos no projeto do presidente Lula, por entender que é a melhor opção para governar o Brasil", finalizou.