A ministra da Saúde, Nísia Trindade, que tem o cargo na mira do Centrão, disse nesta quarta-feira, 20, que nunca faltou diálogo com qualquer partido. Segundo ela, os partidos são essenciais, mas é preciso estabelecer que todas as demandas parlamentares sejam vistas com critérios de equidade de distribuição de recursos a Estados e municípios.
Um nome técnico e sem filiação partidária, a chefe da Saúde está sob pressão do governo, pois o Centrão gostaria de indicar um nome de confiança à pasta. O cargo é cobiçado por ser o ministério que mais executa emendas.
"Há diálogo. Esse diálogo não vai começar agora. Ele sempre pode ser aperfeiçoado. Nunca faltou diálogo meu com qualquer partido político ou político de todos os partidos aliados, porque a saúde é uma das pautas que realmente deveria unir o Brasil", afirmou em entrevista à GloboNews.
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CRÍTICAS DENTRO DO PT
Há críticas a Nísia dentro do próprio PT. Ela disse que tem conversado com parlamentares do partido, os quais têm indicado nomes a técnicos. "Os deputados buscaram dar a sua contribuição indicando também o nomes técnicos, alguns membros do partido, outros não", ponderou.
Após a situação recentemente exposta dos hospitais federais do Rio de Janeiro, a pressão aumentou sobre Nísia. Na segunda-feira, durante a reunião ministerial, a ministra se emocionou ao dizer como tenta gerir esses descontentamentos.