Antônio Campos denuncia Mirella Almeida a 17 órgãos e autoridades por suposto 'uso da máquina pública'
Candidato acusa a adversária de usar funcionários da gestão do Professor Lupércio na prefeitura de Olinda na sua campanha eleitoral
O candidato à prefeitura de Olinda Antônio Campos (PRTB) afirmou ter denunciado a candidata da situação, Mirella Almeida (PSD), junto a 17 autoridades diferentes por suposto uso da máquina pública. Entre as instituições acionadas, estão o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro da Justiça, a Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Polícia Federal e a governadora Raquel Lyra (PSDB).
A denúncia foi detalhada em uma "carta denúncia" divulgada por Campos no último domingo (15). No documento, o candidato diz que está ocorrendo "o maior uso da máquina pública em favor de uma candidatura na história de Olinda e um dos maiores da história de municípios pernambucanos [...] com grande impunidade".
Uma das denúncias diz que Mirella estaria visitando e fazendo campanha em locais da cidade contemplados por ordens de serviço assinadas pelo atual prefeito Professor Lupércio (PSD). Na visão de Campos, essa ação estaria configurando "abuso de poder político, abuso de poder econômico e conduta vedada, desequilibrando a eleição".
Ainda no documento, Antônio Campos diz que a secretária de Turismo da cidade teria sido vista coordenando um grupo de militantes de Mirella Almeida que estaria fazendo propaganda para a candidata na rua, "dentro e fora do expediente".
A denúncia também aponta que funcionários da prefeitura, que seriam reeducandos prestando serviço público, estariam deixando de exercer suas funções para trabalhar angariando votos para a candidata.
Ele também diz que a chapa estaria distribuindo materiais de campanha em quantidade não condizente com o orçamento registrado na prestação de contas de Mirella junto ao TSE. O candidato diz que existe uma ação judicial denunciando "indícios de uso de caixa 2, com desvio de recursos da Prefeitura".
No corpo do texto, Antônio Campos também cita outras ações judiciais de supostas propagandas eleitorais irregulares impostas contra a chapa de Mirella Almeida.
17 autoridades
O documento apresentado pelo candidato do PRTB cobra uma "atuação mais enérgica da Justiça Eleitoral, do Ministério Público e das autoridades constituídas". A carta, segundo ele, foi encaminhada para:
- Ministra Carmen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral
- Procurador Geral Eleitoral do TSE
- Procurador Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de PE (TRE)
- Presidente do TRE de Pernambuco
- Corregedor Eleitoral de Pernambuco
- Promotor Eleitoral de Olinda
- Juízes eleitorais da 10,100 e 117 zonas eleitorais de Olinda.
- Procurador Geral de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
- Presidente do TCE
- Conselheiro do TCE, relator das contas de Olinda em 2024
- Procurador Geral de Justiça do Estado de Pernambuco
- Coordenador da Controladoria Geral da União (CGU) em Pernambuco
- Superintendente da Polícia Federal
- Secretário de Segurança Pública de Pernambuco
- Governadora de Pernambuco.
- Procurador Geral da República (PGR) em Pernambuco.
- Ministro da Justiça
Antônio Campos pede, também, o afastamento do prefeito Professor Lupércio do cargo pelo período de 90 dias, por supostas ações de improbidade. Ele requer ações para "equilibrar o jogo eleitoral contra o uso da máquina".
“Estamos fazendo uma campanha propositiva, mas não podemos assistir passivo o maior uso da máquina pública em favor da candidatura de Mirella, de braços cruzados. Basta de impunidade. É hora das autoridades tomarem as providências cabíveis, ante o grande desrespeito a democracia e a paridade de armas entre as candidaturas”, afirmou Antônio Campos.
Ainda no texto, o candidato afirmou estar sendo ameaçado, assim como sua família, mas não deixou claro quem estaria proferindo essas ameaças.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Mirella Almeida informou que ela não vai se pronunciar.
A prefeitura de Olinda também informou ao Jornal do Commercio que não vai comentar as denúncias.