Bolsonaro volta a rebater acusação sobre golpe: 'piada essa PF de Alexandre de Moraes'

Ex-presidente afirmou que prisões de militares na operação Contragolpe não têm respaldo legal e que foram injustas. Declaração foi dada neste sábado.

Publicado em 23/11/2024 às 13:25
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O ex-presidente Jair Bolsonaro rebateu, mais uma vez, a acusação de que teria orquestrado uma tentativa de golpe de Estado em 2022, após a eleição do presidente Lula, afirmando se tratar de uma "piada" da Polícia Federal e do ministro Alexandre de Moraes.

A nova declaração foi dada neste sábado (23), enquanto Bolsonaro cortava o cabelo em uma barbearia em São Miguel dos Milagres, em Alagoas. A fala foi compartilhada em uma transmissão ao vivo publicada nas redes sociais do ex-ministro Gilson Machado (PL).

"Golpe agora não se dá mais com tanque, se dá com taxi. Parece que o sequestro não saiu porque não tinha táxi na hora. É uma piada essa PF criativa do Alexandre de Moraes", disparou Bolsonaro, que está passando temporada em Alagoas hospedado na pousada de Gilson.

O ex-presidente também afirmou que não há respaldo legal para a prisão de quatro militares na última terça-feira (19), quando foi deflagrada a Operação Contragolpe, que trouxe à tona o suposto esquema golpista.

"Uma coisa absurda essa coisa de golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais? Pelo amor de Deus. Quem tava coordenando isso? Cadê a tropa, as Forças Armadas? Não fiquem botando chifre em cabeça de cavalo. Esses que estão sendo presos injustamente agora, de forma preventiva, não encontram um só respaldo na lei que permita prender esses quatro oficiais", falou Bolsonaro.

Ainda na mesma conversa, Bolsonaro afirmou que vai ser candidato à presidência da República em 2026 e, em outro momento, teceu elogios ao filho Eduardo, afirmando que ele terá um futuro próspero na política.

Em entrevista a uma rádio local, Bolsonaro negou novamente sobre a trama golpista, aproveitando para criticar o presidente Lula (PT).

"Eles querem culpar as Forças Armadas e culpar a mim por uma tentativa de golpe. Como se Lula fosse defensor da democracia. Um cara que bota tapete vermelho para Maduro, do qual o país é uma ditadura", falou Jair.

Bolsonaro e mais 36 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa no inquérito que apura a suposta trama golpista ocorrida em 2022.

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