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Lula chama Haddad de "ministro extraordinário" em resposta a críticas de Kassab

Em coletiva de imprensa nesta quinta (30), o presidente ironizou declarações de Kassab sobre eleições e saiu em defesa de Haddad e de Galípolo

Publicado em 30/01/2025 às 13:46 | Atualizado em 30/01/2025 às 13:55
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou as críticas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao seu governo e defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que, para o chefe do Poder Executivo, é "um ministro extraordinário"

As declarações foram dadas em uma entrevista coletiva concedida pelo presidente a jornalistas no Palácio do Planalto, na manhã desta quinta-feira (30).

"Acho que o Kassab foi injusto com o significado do Haddad na Fazenda. É importante lembrar que posso não gostar pessoalmente de uma pessoa, ter crítica pessoal a ela, mas não reconhecer que Haddad começou o governo coordenando a PEC da Transição, porque a gente não tinha dinheiro para governar o País e conseguimos, em um Parlamento totalmente adverso, aprovar a PEC", declarou Lula.

Para elogiar seu ministro da Fazenda, o chefe do executivo citou também o arcabouço fiscal e a reforma tributária, cuja aprovação o petista chamou de "milagre"

Sobre as declarações de Kassab de que o governo não seria reeleito, caso as eleições fossem 'hoje', o presidente disse que lhe causou risos:

"Quando vi a história do companheiro Kassab comecei a rir. Quando ele disse que se a eleição fosse hoje eu perderia, eu olhei no calendário e percebi que a eleição é só daqui a dois anos e fiquei muito despreocupado, porque hoje não tem eleição".

"Deixa chegar a eleição em 2026 para saber se governo irá perder", complementou.

Lula também defende Galípolo 

Na mesma entrevista, Lula defendeu o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, de críticas sobre o aumento da taxa básica de juros anunciado na quarta-feira, 29.

O petista disse que o presidente do Banco Central "não pode dar cavalo de pau em um mar revolto de uma hora para outra" e que "já estava praticamente demarcada a necessidade da subida de juros pelo outro presidente e Galípolo fez aquilo que entendeu que deveria fazer".

"Temos consciência de que é preciso ter paciência. Tenho 100% de confiança no trabalho do presidente do BC e tenho certeza de que ele vai criar as condições para entregar ao povo brasileiro uma taxa de juros menor, no tempo em que a política permitir que ele faça. Nós, como governo, temos de cumprir a nossa parte. A sociedade cumpre a parte dela. E o companheiro Galípolo cumpra a função que ele tem de coordenar a política monetária brasileira", declarou.

Lula disse que já esperava pelo aumento da Selic, e destacou que o novo presidente do BC é "da maior competência do ponto de vista econômico".

"Quando o chamei para o Banco Central, disse: 'Galípolo, você é meu amigo, mas você vai ser presidente do Banco Central. No meu governo, presidente do BC vai ter autonomia de verdade, porque o (Henrique) Meirelles já teve por oito anos. Faça o que for necessário fazer. O que quero que você saiba é que o povo e o Brasil espera que a taxa de juros seja, dentro do possível, controlada, para que a gente possa ter investimento e mais desenvolvimento sustentável, gerar mais empregos e mais distribuição de riquezas no País. Não esperava milagres, mas que as coisas acontecessem da maneira que ele entendeu que deva acontecer", declarou o presidente da República.

Com informações de Estadão Conteúdo

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