Ao se falar em mudança de visual, a primeira coisa que geralmente nos vem à mente é o bem estar e a auto-estima, entretanto, há mais coisas que podem estar presentes nessa escolha.
Um exemplo, é a energia dos arquétipos utilizados nessa nova versão, ou seja, a informação se deseja passar com o novo visual e a energia que pretende transmitir ao outro através da aparência.
Vale ressaltar que a maneira como nos apresentamos é um tipo de comunicação que transmite ao receptor muitas informações na qual nem precisa explicar, afinal já está no subconsciente coletivo.
O que são os arquétipos?
Arquétipo é um conceito da psicologia utilizado para representar padrões de comportamento associados à um personagem ou papel social.
Os arquétipos estão presentes dentro de cada indivíduo, pois, cada pessoa possui um inconsciente único, baseado em suas vivências. Isso se mistura com o inconsciente coletivo, gerando assim uma leitura arquetípica para cada pessoa.
Então, basta entender qual dos arquétipos se encaixa mais para a mensagem que se deseja passar. A frase ‘uma imagem vale mais que mil palavras’ nunca fez tanto sentido.
Dicas de mudança no visual
Para alguém que deseja dar um up na marca pessoal ou até mesmo em seu negócio próprio, uma mudança de visual pode ser benéfica. Sobre isso, a especialista em marketing digital e marca pessoal, Valeska Bruzzi dá algumas dicas para quem deseja mudar o visual e passar informações através dele:
O cabelo, a feminilidade e os contos de fada
O primeiro passo para começar a entender como os arquétipos estão presentes em nossa aparência física é entender o conceito do cabelo e da feminilidade. Um exemplo são os próprios contos de fadas, tal como explica a especialista Valeska Bruzzi.
“O cabelo em geral representa a feminilidade no nosso imaginário, principalmente os cabelos mais longos. Nos contos de fadas, por serem profundamente arquetípicos, as princesas são sempre retratadas com cabelos longos. A única exceção é a Branca de Neve, que usa chanel, mas não curto reto", destaca Valeska Bruzzi.
Mas não se engane, isso não iniciou agora, durante os mais de 100 mil anos de história, a humanidade sempre seguiu por esse caminho. Uma das justificativas é de que o cabelo longo moldava o rosto feminino, além de não atrapalhar as moças em suas funções, que significava cuidar da casa e dos filhos.
Portanto, se esse é o seu desejo, de trazer o arquétipo da mãe, a energia materna e da feminilidade, o caminho são as madeixas longas.
A heroína
Foi por volta da primeira guerra mundial em que as mulheres começaram a experimentar novos visuais. Cortaram o cabelo e deixaram para trás roupas justas e corpetes.
Tal mudança no visual foi responsável não só por derrubar o arquétipo da feminilidade como também o arquétipo da amante (as roupas mais sensuais). Surge então a imagem da ‘heroína’, da mulher que vai para o mercado de trabalho e exala a ‘masculinidade’ da moça que vai para a guerra.
Valeska Bruzzi explica: “Isso não tem a ver com performar o masculino, mas com ativar a masculinidade (animus) que todas as mulheres possuímos.”
O cabelo curto e os demais arquétipos
Entretanto, engana-se quem pensa que apenas a heroína pode ser representada pelo cabelo curto. São diversos os arquétipos evocados com esse tipo de cabelo, por exemplo, o da maga, da criativa, da fora da lei e etc.
“Quando eu quis adotar o arquétipo da heroína, adotei alguns códigos que eu leio como o do herói” - explica Valesca Bruzzi, e finaliza: “Quando eu joguei a pitada do arquétipo do amante (coloquei algumas roupas mais justas e decotadas) foi uma loucura total, foi um estouro comercialmente, fiz o primeiro milhão em menos de um minuto de venda, mas recebi muito hate também. Depois retornei para o arquétipo da mãe, com o cabelão longo.”