ARTES

Destaque da 34ª Bienal, instalação "Paisagem" terá residência fixa na Usina de Arte

A obra foi financiada pelo projeto instalado onde funcionou a Usina Santa Terezinha

Cadastrado por

Mirella Martins

Publicado em 07/09/2021 às 17:00
: A artista visual Regina Silveira com Bruna e Ricardo Pessoa de Queiroz, da Usina de Arte, diante da obra Paisagem - ARQUIVO PESSOAL

Um labirinto de 10m² de vidros transparentes medindo 2,50m de onde se vê a 1,40m do chão diversas marcas cravejadas por balas de revólver. Propondo uma experiência de desconforto ao visitante em um diálogo com a violência, desafiando-o a enfrentar o impacto de um estilhaço, a inédita “Paisagem”, da artista Regina Silveira, e que chama a atenção no pavilhão principal da 34ª edição da Bienal de São Paulo é uma das próximas instalações a ganhar residência fixa na Usina de Arte, em Água Preta.

 

A obra foi financiada pelo projeto instalado onde funcionou a Usina Santa Terezinha (maior produtora de álcool e açúcar do Brasil nos anos 1950), na Mata Sul de Pernambuco, conectando cultura e meio ambiente por meio de um museu de arte contemporânea ao ar livre, dentro de um Parque Artístico Botânico. Nele, estão instaladas mais de 35 obras de nomes como Geórgia Kyriakakis, Saint Clair Cemin, José Spaniol, Juliana Notari, José Rufino, Flávio Cerqueira, Bené Fonteles, Hugo França, Paulo Bruscky, Marcelo Silveira, Liliane Dardot, Marcio Almeida, Frida Baranek, Artur Lescher, Carlos Vergara, Júlio Villani, Iole de Freitas e Vanderley Lopes.

 

O objetivo é estimular o turismo, e a consequente atividade econômica na região da Mata Sul de Pernambuco por meio do estímulo ao empreendedorismo na localidade, que viu nascer em seu entorno um total de dez restaurantes, pousada, pesque-e-pague, centro de artesanato, guias para passeios ecoturísticos, camping e a cultura de hospedagens domiciliares. Nos próximo dia 18, será inaugurada a obra “Banquete da Terra”, da paulista Denise Milan, e até o final do ano, o parque deve receber ainda as obras “Jardim Frágil”, do cubano Carlos Garaicoa, “Campo da Fome” de Matheus Rocha Pitta e “Obelisco” de Bruno Faria.

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