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Saiba qual música Roberto Carlos compôs para Dudu Braga

"As Flores do Jardim da Nossa Casa" foi composta em 1968, em Amsterdã, onde o produtor musical foi submetido a cirurgias nos olhos quando recém-nascido

Cadastrado por

Romero Rafael

Publicado em 08/09/2021 às 21:04 | Atualizado em 08/09/2021 às 21:08
CÂNCER Dudu Braga tinha 52 anos e estava internado em São Paulo - @DUDUBRAGA2/REPRODUÇÃO

Dudu Braga, que faleceu nesta quarta-feira (8) devido a um câncer no peritônio, era o segundo filho de Roberto Carlos. De acordo com informações apuradas por Paulo César de Araújo, que escreveu a biografia "Roberto Carlos em Detalhes", censurada pelo artista, o produtor musical ganhou uma música do pai, chamada "As Flores do Jardim da Nossa Casa", composta em 1968, quando era bebê.

Na época, Roberto Carlos estava com Dudu Braga, recém-nascido, e sua esposa, Cleonice Rossi, mãe do produtor musical, em Amsterdã para uma cirurgia de glaucoma congênito no filho. Dudu Braga era deficiente visual e possuía apenas 5% da visão. Ao longo da vida, ele passou por 14 cirurgias nos olhos.

A música "As Flores do Jardim da Nossa Casa", bela e muito triste, é a primeira do 10º disco de estúdio de Roberto Carlos, lançado em 1969. A letra faz referência à impossibilidade da visão, no refrão: "Eu já não posso mais olhar nosso jardim/ Lá não existem flores, tudo morreu pra mim".

Leia a letra:

As flores do jardim da nossa casa
Morreram todas de saudades de você;
E as rosas que cobriam nossa estrada
Perderam a vontade de viver


Eu já não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim;
Não, não, não, não posso mais olhar nosso jardim
Lá não existem flores, tudo morreu pra mim.


As coisas que eram nossas se acabaram,
Tristeza e solidão é o que restou;
As luzes das estrelas se apagaram,
E o inverno da saudade começou;


As nuvens brancas se escureceram,
E o nosso céu azul se transformou;
O vento carregou todas as flores,
E em nós a tempestade desabou


Mas, não faz mal, depois que a chuva cair,
Outro jardim um dia há de reflorir.


Oh.... oh......ahh

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