Após ser alvo do Ministério Público de Roraima, Gusttavo Lima falou pela primeira vez sobre o assunto. O cantor foi contratado pela Prefeitura de São Luiz para se apresentar em um show que vai acontecer em dezembro.
Em nota divulgada pelo colunista Léo Dias, do Metrópoles, a equipe que cuida da carreira de Gusttavo disse que não compactua com qualquer tipo de ilegalidade envolvendo verbas públicas.
"Não pactuamos com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, seja em qualquer esfera. Toda contratação do artista por entes públicos federados, são pautados na legalidade, ou seja, de acordo com o que determina a lei de licitações", disseram.
Sobre o cachê, eles informaram que o valor é fixo e cobre todos os tipos de despesa que envolvem o show.
"O valor do cachê do artista é fixado obedecendo critérios internos, baseados no cenário nacional, tais como: logística (transporte aéreo, transporte rodoviário, etc.), tipo do evento (show privado ou público), bem como os custos e despesas operacionais da empresa para realização do show artístico, dentre outros fatores".
Eles finalizam afirmando que Gusttavo não pode ser responsabilizado pelos problemas com dinheiro público, já que é apenas contratado para fazer show.
"Portanto, qualquer ilegalidade cometida pelos entes públicos, seja na contratação de show artísticos ou qualquer outra forma de contração com o setor privado, deverá ser fiscalizada pelo Tribunal de Contas e se apurada qualquer ilegalidade, deverá ser encaminhada para a Justiça competente para julgar o ilícito eventualmente cometido", finalizou.
Entenda a polêmica envolvendo o cachê de Gusttavo Lima
Na tarde da última terça-feira (21), um perfil no Twitter mostrou um documento que mostrava o valor do cachê de Gusttavo Lima.
O cantor se apresenta na cidade de São Luiz, em Roraima, no dia 24 de dezembro. No documento oficial, Gusttavo foi contratado por R$ 800 mil para participar de um evento.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cidade possui 8.232 habitantes. Para pagar corretamente o valor, todos os habitantes da cidade teriam que pagar cerca de R$ 100.
O Ministério Público de Roraima decidiu abrir uma investigação e pediu respostas a prefeitura. Eles pedem que seja explicado de onde veio os recursos arrecadados para realizar o evento.
O prefeito James Batista (Solidariedade) enviou nota ao G1, e afirmou que não se pode brincar com dinheiro público.
"O evento trará receitas diretas para as contas do município que permitirão o pagamento de todas as despesas", disse.