BOLSONARO no JORNAL NACIONAL: Relembre a última entrevista polêmica do candidato
A sabatina eleitoral do telejornal começa a partir desta segunda (22)
Na noite desta segunda-feira (22), o presidente e candidato Jair Bolsonaro irá participar de uma entrevista no Jornal Nacional conduzida pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcellos.
A entrevista abre a sabatina eleitoral do telejornal e está deixando a internet em um clima de ansiedade geral. Isso porque, em 2018, Bolsonaro fez diversas declarações polêmicas no Jornal Nacional, chegando até a mencionar o divórcio de Bonner e o salário de Renata.
Falou da separação
Na ocasião, o âncora perguntou ao candidato sobre o seu "casamento" com Paulo Guedes e o indagou sobre a promessa de que o economista ficaria em seu cargo até o fim do governo.
O começo da resposta do presidente pegou todos de surpresa com a referência ao divórcio de Bonner e Fátima Bernardes.
"Bonner, quando nós nos casamos, eu com a minha esposa, você com a sua, nós juramos fidelidade eterna. E aconteceu um problema no meio do caminho, que não cabe a ninguém discutir esse assunto [...]", disse ele.
Quis causar polêmica
Outro momento tenso foi quando Renata perguntou sobre a opinião do candidato em relação à desigualdade salarial. A jornalista relembrou o momento em que ele afirmou que não empregaria mulheres com o mesmo salário dos homens.
Depois de rebater a veracidade da informação, o presidente disparou: "Eu estou vendo aqui uma senhora e um senhor, eu não sei ao certo, mas com toda certeza há uma diferença salarial aqui, parece que é muito maior para ele do que para a senhora. São cargos semelhantes, semelhantes, são iguais?".
Indignada, Renata Vasconcellos se impôs com classe. "Eu poderia até como cidadã, e como qualquer cidadão brasileiro, fazer questionamentos sobre os seus proventos, porque o senhor é um funcionário público, deputado há 27 anos, e eu, como contribuinte, ajudo a pagar o seu salário. O meu salário não diz respeito a ninguém".
"E eu posso garantir ao senhor, como mulher, que eu jamais aceitaria receber um salário menor de um homem que exercesse as mesmas funções e atribuições que eu. Mas agora eu vou devolver a palavra ao senhor, para o senhor continuar o seu raciocínio", finalizou ela.
Defensor do Golpe de 64
Quando perguntado sobre uma declaração do seu vice, Hamilton Mourão, em relação a um possível golpe militar, o presidente respondeu que os militares apenas agiram "na forma da lei" durante a ditadura no Brasil.
Ele ainda aproveitou para alfinetar a Rede Globo. "No meu entender, foi uma alerta que ele [Mourão] deu e, no mais, deixa os historiadores para lá. Eu fico com Roberto Marinho, o que ele declarou no dia 7 de outubro de 1984, vou repetir aqui"
Ao finalizar a entrevista, Bonner citou o editorial divulgado pelo JN em 2013 que repudiava qualquer apoio da emissora ao golpe militar.
Em vídeo, Bolsonaro diz que 'dará beijo' em William Bonner durante entrevista no JN