A histórica e polêmica final da Copa Libertadores deste ano, entre River Plate e Boca Juniors, entrou no radar dos dirigentes pernambucanos, mesmo que com chances pequenas. Nesta terça-feira, a Federação Pernambucana de Futebol abriu consulta junto à Confederação Brasileira de Futebol para que a Arena de Pernambuco possa receber o duelo entre os times argentinos. Em entrevista ao Jornal do Commercio, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, confirmou a consulta, mas destacou que não trata-se de um pedido para receber o jogo, mas um sinal de disponibilidade perante a Conmebol.
“Não existe isso de pedir porque é a Conmebol quem decide isso. O que fizemos foi uma consulta junto à CBF para saber se a Arena de Pernambuco se encaixa no perfil de segurança. Ressalto que é a Conmebol quem decide isso e não a gente ou a CBF”, disse Carvalho.
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A final da Copa Libertadores não será na Argentina por conta das agressões da torcida do River ao ônibus do Boca Juniors no último sábado, nas imediações do estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. A partida chegou a ser remarcada para domingo, mais uma vez no estádio do River, mas o Boca alegou falta de igualdade desportiva, já que o capitão Pablo Perez lesionou o olho com estilhaços de vidro. Assim, o jogo foi novamente adiado. Ontem, a Conmebol decidiu que o confronto será no fim de semana dos dias 8 e 9 de dezembro fora da Argentina.
Ainda de acordo com Evandro Carvalho, além de Pernambuco, a federação de Minas Gerais também abriu consulta para tentar receber a final no Mineirão. Seja onde for o jogo, os custos de viagem para River e Boca serão pagos pela Conmebol, que ficou de definir a data e o local da partida “o mais rápido possível”.
BOCA RESISTE
Apesar do encaminhamento da Conmebol para remarcar a partida, o Boca Juniors insiste que não quer jogar o segundo confronto. O presidente do clube, Daniel Angelici, disse ontem que não está nos planos um segundo jogo contra para decidir o título. Em tom ameaçador, o dirigente não descartou a possibilidade de entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), em Lausanne, na Suíça.
“Não está na nossa cabeça jogar mais uma final. O Boca vai esgotar todas as instâncias administrativas e, se tivermos que ir ao CAS, faremos isso”, disse, em coletiva, em Luque, no Paraguai, ao lado de Rodolfo D'Onofrio, presidente do River, e de Alejandro Dominguez, mandatário da Conmebol.