Oposição

Oposição realiza terceiro ato político neste sábado em Caruaru

No encontro, oposição fará uma reavaliação do quadro. Indefinição sobre comando do MDB e possível aliança PT-PSB pode influenciar formação de palanques

Editoria de Política
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Publicado em 27/02/2018 às 11:10
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No encontro, oposição fará uma reavaliação do quadro. Indefinição sobre comando do MDB e possível aliança PT-PSB pode influenciar formação de palanques - FOTO: Foto: Divulgação
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O grupo de oposição "Pernambuco Quer Mudar" realiza o seu terceiro ato político neste sábado, desta vez em Caruaru, no Agreste do estado. O evento ocorre a partir das 9h30 na Arena Caruaru, antigo Palladium, na BR 104, cinco meses depois de Fernando Bezerra Coelho, então no PSB, lançar a frente de oposição, durante ato de entrega de residenciais do Ministério das Cidades. O primeiro encontro ocorreu em Recife, em dezembro do ano passado e o segundo em Petrolina, reduto eleitoral da família Coelho. 

A frente é encabeçada pelos ex-governadores João Lyra Neto (PSDB e o Joaquim Francisco (PSDB), os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho, os ministros Fernando Filho (Sem partido; Minas e Energia) e Mendonça Filho (DEM; Educação) e o deputado federal Bruno Araújo e seus respectivos partidos. Participam também as siglas Podemos, PRB, PV e PRTB.

O terceiro encontro será marcado por uma reavaliação do quadro diante da conjuntura nacional e local. O grupo ainda não definiu o número de palanques e quais serão os nomes que integrarão a chapa. Ficou pactuado que as pré-candidaturas iriam ser trabalhadas normalmente até o ato em Caruaru. Diante a possibilidade da aliança entre PT e PSB, que ganhou mais um capítulo com o adiamento do prazo para que seja apresentada uma proposta de apoio a outro partido pelo PT, cresce a tese de que a oposição deve lançar dois palanques para assim viabilizar um segundo turno.

Mas a oposição só deve bater o martelo sobre quem concorrerá no mês de abril com o final da janela partidária dos deputados federais e estaduais, uma vez que a definição das chapas proporcionais tem influência direta na eleição majoritária. Além da questão do PT-PSB, outros fatores externos influenciam na definição das candidaturas, como a batalha jurídica travada entre Fernando Bezerra contra o presidente do MDB-PE e vice-governador Raul Henry e o deputado federal Jarbas Vasconcelos pelo comando do diretório estadual da sigla. Fernando Filho, que está sem partido, espera a resolução do imbróglio a favor do seu pai para se filiar ao MDB.

O senador Armando Monteiro viveu o luto da perda do seu pai em janeiro deste ano. Mendonça Filho está focado nas ações do seu ministério e afirma não querer definir nada até se desincompatibilizar. Já Bruno Araújo, que deixou o Ministério das Cidades por falta de apoio do seu partido, enfrenta dissidências no diretório estadual, inclusive com a pré-candidatura de Elias Gomes (PSDB) já posta.

Segundo ato

Além das esperadas críticas ao governador Paulo Câmara (PSB), o evento da oposição, em Petrolina, foi marcado por uma "dipsuta de território" entre os senadores Fernando Bezerra Coelho (MBD) e Armando Monteiro Neto (PTB). “Meu nome está à disposição do grupo. O senador Fernando Bezerra disse que foi o candidato mais animado, mas quero depois chamar ele para a gente dançar um frevo e vocês vão dizer quem foi que ficou mais animado”, brincou Armando. O senador disse, porém, que vai “colocar os interesses do conjunto acima das ambições pessoais, por mais legítimas que elas possam ser”. “Me submeterei a essa decisão”, afirmou Armando em discurso. 

Durante o evento de lançamento do Pernambuco Quer Mudar no Recife em dezembro, os oposicionistas lançaram um manifesto contra a gestão do governador Paulo Câmara (PSB). O texto trouxe diversas críticas ao governo pernambucano em áreas como educação, segurança, saúde e economia.

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