ECONOMIA PERNAMBUCANA

Indústria de Pernambuco cresce 1,4% em maio e iguala patamar anterior à pandemia

Com o avanço, a indústria pernambucana iguala o patamar de fevereiro de 2020, último mês anterior à pandemia no Brasil.

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José Matheus Santos

Publicado em 09/07/2021 às 10:38 | Atualizado em 09/07/2021 às 10:51
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A produção industrial em Pernambuco voltou a avançar em maio após três meses consecutivos de queda e registrou um aumento de 1,4% em comparação a abril.

O dado foi divulgado na Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (8). Segundo o órgão, o índice registrado em Pernambuco é o mesmo percentual alcançado pelo Brasil.

Com o avanço, a indústria pernambucana iguala o patamar de fevereiro de 2020, último mês anterior à pandemia no Brasil. Na Região Nordeste, no entanto, houve uma queda de 2,8%, puxada pelo resultado negativo da Bahia (-2,1%).

Na comparação entre maio de 2021 e o mesmo mês do ano passado, Pernambuco foi uma das 12 localidades pesquisadas pela pesquisa com resultado positivo, tendo alta de 13,3%, abaixo da média brasileira, de 24%. Os resultados positivos elevados são influenciados por uma base de comparação baixa, já que, em maio de 2020, diversas atividades industriais estavam paradas, por causa das medidas restritivas necessárias para o enfrentamento à covid-19. O mês de maio deste ano também teve um dia útil a mais do que o mesmo período de 2020.

No Brasil, Amazonas (98,2%) e Ceará (81,1%) assinalaram as maiores altas frente a maio de 2020. Santa Catarina (38,7%), Espírito Santo (37,9%), Minas Gerais (32,3%), São Paulo (31,4%) e Rio Grande do Sul (29,3%) também registraram avanços mais intensos do que a média nacional da indústria (24,0%). Paraná (23,7%), Rio de Janeiro (15,1%), Pará (4,7%) e Região Nordeste (3,7%) completaram o conjunto de locais com índices positivos. Por outro lado, a queda mais intensa foi na Bahia (-17,7%). Mato Grosso (-2,2%) e Goiás (-0,3%) também mostraram taxas negativas na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No acumulado do ano de 2021, de janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2020, a expansão verificada na produção nacional alcançou 11 dos 15 locais pesquisados, incluindo Pernambuco, cujo avanço foi de 10,1%. Novamente, o desempenho pernambucano ficou ligeiramente abaixo da média nacional de 13,1%.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, Pernambuco teve a quinta maior taxa do país, de 9,4%, antecedido por Amazonas (13,3%), Santa Catarina (12%), Ceará (10,8%) e Rio Grande do Sul (9,7%). Rio de Janeiro (-0,3%), Goiás (-0,4%), Espírito Santo (-4,3%), Mato Grosso (-5,7%) e Bahia (-9,3%) foram as localidades que registraram taxas negativas.

Fabricação de outros equipamentos de transporte lidera recuperação da indústria em Pernambuco, enquanto Fabricação de bebidas tem maior queda

Em maio de 2021, duas das 12 seções e atividades industriais cobertas pela pesquisa no estado tiveram queda em comparação ao mesmo período do ano passado: Fabricação de bebidas (-23,2%) e Fabricação de produtos de borracha e material plástico (-1,6%). Já o setor com maior aumento (662,6%) foi o de Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, junto com a Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, cujo avanço foi de 134,5%. Tais números expressivos podem ser explicados pela baixa base de comparação em relação ao ano passado.

No acumulado de janeiro a maio de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior, a Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (104,2%), junto com a Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (48,6%), também são as categorias que apresentaram maior avanço. Já a Fabricação de produtos alimentícios foi a única atividade industrial que teve desempenho negativo, com queda de 3,2% no período.

No acumulado dos últimos 12 meses, todos os setores industriais pesquisados em Pernambuco tiveram alta. A maior delas foi registrada na Metalurgia (20,8%), seguida pela Fabricação de produtos têxteis (19,5%) e pela Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (17,9%). As menos expressivas ficaram com a Fabricação de celulose, papel e produtos de papel e a Fabricação de outros elementos de transporte, exceto veículos automotores, que empataram com avanço de 6,1%, e a Fabricação de produtos alimentícios (1,6%).

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