Muitas pessoas que deixam a Ucrânia por causa da invasão russa não têm coragem de deixar seus animais de estimação para trás. Apesar de toda adversidade e perigos, os refugiados levam gatos, cachorros e até tartarugas para a segurança em outro país além da fronteira.
Katarina e a família não aceitaram deixar para trás os cachorrinhos Ursula e Baloo: "Com minha família temos dois cães, uma menina e um menino. O nome dela é Ursula e dele é Baloo. Eles têm 9 meses de idade, são filhotes, e nós os amamos muito e decidimos levar eles com a gente porque não podemos viver sem eles".
Já Tatiana Tymchuk se agarrou ao gatinho Simon e à tartaruga Cherep. "Este é o nosso querido gato, nós o chamamos de Simon, ele é um Siamês. Esta é nossa querida tartaruguinha chamada Cherep. Não podíamos deixá-los para trás, então vieram com a gente. Também temos cães, mas eles ficaram em casa com o avô", diz a ucraniana.
"A devastação causada por alguns dos bombardeios e o ambiente aberto coberto de vidro, concreto e metal é perigoso para as pessoas, mas também para os animais", afirmou James Sawyer, diretor do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW) no Reino Unido, à Radio 1 Newsbeat.
A organização apoia abrigos na Ucrânia e fornece recursos básicos, como alimentos e suprimentos veterinários. Além disso, a instituição paga os salários dos funcionários durante a guerra para garantir que os animais continuem sendo cuidados.
Também há problemas para as famílias que tentam fugir da Ucrânia através da fronteira, devido às regras sobre o uso de microchips e por terem que apresentar de comprovantes de vacinação dos animais.
Na Polônia, um dos países que está aceitando refugiados, um abrigo de animais não para de receber os pequenos pets.
O drama humano é um dos mais trágicos lados da guerra. Os cachorros, gatos e outros animais de estimação ajudam os refugiados a lidar com a dor de deixar o país natal.
Mais de 2,5 milhões de ucranianos precisaram fugir do país, enquanto cerca de 2 milhões foram deslocados internamente.
Enquanto o conflito não se encerra, o futuro dos refugiados e seus pets segue incerto.