De repente, um bilhete em sua porta: pare de andar de sutiã. Juliana Kulpa, confeiteira de 25 anos, tomou um susto ao ler a mensagem. A vizinha escreveu dizendo que o marido estava de home office e pediu que a jovem parasse de andar no seu próprio apartamento de sutiã.
"Gostaria de pedir o favor 'pra' senhora parar de transitar em sua casa de sutiã, somos evangélicos e meu marido fica em casa em home office. Tenha decência. Obrigada". Esse foi o recado deixado na caixa de correspondências de Juliana, que mora em Osasco, na Grande São Paulo.
Em entrevista para o Universa, do UOL, Juliana afirma que não tem esse costume de andar de sutiã na sua casa, como dito no bilhete. O que usa, na verdade, é top e shorts de academia. "Eu imagino que tenha sido no dia que eu fui fazer uma caminhada e, em seguida, fiz uma faxina".
Apoio nas redes sociais
Sem acreditar no que havia lido, a jovem compartilhou sua história em um grupo do Facebook. "A primeira reação foi um susto, porque a pessoa não se identificou. Fiquei assustada com isso", lembra. Rapidamente o conteúdo viralizou nas redes sociais.
"99,9% das mensagens são de apoio. A única coisa que me incomodou um pouco é que muita gente perguntou sobre o que o meu marido achava disso. Eu tentava responder: 'Meu marido não acha nada, o corpo é meu. Quem está expondo o corpo sou eu. Ele não tem nada a ver'", disse ela.
A situação foi repassada para a administração do prédio, mas nada foi feito. "Ela [a síndica do edifício] deu muita risada. Disse que estava passada com a situação, mas que não poderia fazer nada porque a pessoa não havia se identificado", conta Juliana.
Apesar disso, nenhum outro recado apareceu em sua correspondência e a confeiteira garante não ter ficado intimidada. "Voltei a usar top, cropped; não fiquei nem um pouco desconfortável, pelo contrário. Estou dentro da minha casa. Vou e pretendo continuar usando", ressaltou.