Na vitória do Náutico por 3x1 diante do Botafogo-RJ, no último domingo (20), uma cena roubou a atenção da partida. O árbitro mineiro Wanderson Alves de Sousa reclamou da quantidade de pessoas do staff alvirrubro nas sociais dos Aflitos, afirmando que "tem gente torcendo ali em cima".
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O tom ríspido do juiz não agradou a diretoria do Timbu, que emitiu uma nota sobre a situação. No texto, o clube pernambucano chegou a falar em preconceito contra clubes nordestinos e reafirmou estar seguindo todos os protocolos da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
"Desde dirigentes, staff do futebol e apoio à realização da partida, todos foram testados e cuja presença foram autorizadas pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF)", pontuaram.
Segundo o Náutico, a crítica ao número de pessoas presentes no estádio não partiu do trio de arbitragem, mas sim de um alerta da comissão técnica do time carioca.
"A mesma atitude foi observada do lado da equipe carioca. Preferimos não acreditar se tratar de um caso de mero preconceito contra o futebol nordestino. Em todo caso, para atendimento à demanda apresentada pelo juiz, dividimos o grupo em locais diferentes das sociais", complementaram.
Líder da Série B com cinco vitórias em cinco jogos, o Náutico volta a entrar em campo na próxima quarta-feira (23), quando visita o Londrina, às 16h, no Estádio do Café.
Confira a nota na íntegra:
O Náutico reafirma sua observância aos protocolos da CBF, respeitando o número de pessoas credenciadas presentes, durante a partida, desde dirigentes, staff do futebol e apoio à realização da partida, todos testados e cuja presença foi autorizada pela Federação Pernambucana de Futebol (FPF). Aproveitamos para externar nossa estranheza com relação à queixa do árbitro, em virtude da manifestação de alguns dos dirigentes que, evidentemente, torcem pelo clube. A mesma atitude foi observada do lado da equipe carioca. Preferimos não acreditar se tratar de um caso de mero preconceito contra o futebol nordestino. Em todo caso, para atendimento à demanda apresentada pelo juiz, dividimos o grupo em locais diferentes das sociais. Cientes - por também disputarmos jogos em outros estádios - que, mesmo cumpridas as regras relativas ao credenciamento e demais normas, a expressão verbal de dirigentes, autoridades, atletas, técnicos e juízes serão sempre mais facilmente perceptíveis em estádios vazios. Temos convicção de que o consumo de alimentos não acontece apenas nos Aflitos, por não ser proibido pela CBF. Caso passe a integrar uma lista de restrições, em todo o país, vamos seguir a recomendação. Alimentar-se não compromete a realização da partida.