A declaração do atacante do Sport Trellez, autor do gol do Leão na derrota para o Corinthians, por 2x1, em São Paulo, abriu margem para uma boa discussão.
Disse o atacante: "Acho que as coisas internas podem atrapalhar um pouco". Ele também fez questão de esclarecer que essa sua opinião pode servir de desculpas para o mau futebol apresentado pela equipe rubro-negra diante do time paulista. Ah, bom!
Um situação é a seguinte: Leão tem um time fraco tecnicamente e que mostra um desentrosamento impressionante. Os setores não se entendem. O time não tem alma para superar a limitação. Quem entra na equipe não acrescenta nada. É um time à deriva e o seu treinador, Umberto Louzer, infelizmente, até agora, não sabe o que fazer.
Claro que o torcedor se preocupa como está o time em campo. Só que o problema é ainda mais amplo. O Sport está à deriva. Desde do final do ano passado que os dirigentes do clube só miram o poder. A eleição foi daquelas mais complicadas da história. De lá para cá, nada foi feito, a não ser contratação de atletas, dispensa de treinador e contratação de comandante.
No momento, o clube segue sem presidente. Quem manda? Quem planeja? Quem diz que o norte que o clube deve tomar? Quem vai cobrar um melhor desempenho do time ao treinador? Não há como não relacionar o bastidor com o que se vê em campo. O Sport não sabe o que quer como clube e nem como time. Não se trata apenas de um risco de queda de divisão. Mas, principalmente, de um declínio como agremiação. Perda de força no cenário nacional.
Na próxima rodada o Sport pega o Cuiabá em casa. Pode vencer? Claro que sim. Até porque precisa, urgentemente de uma vitória. Para aliviar a pressão, somar pontos e se distanciar da zona de rebaixamento. Mas precisa melhorar e muito seu futebol. Mesmo no começo de uma Série A, o Sport já está naquela que precisa vencer e convencer. E seus dirigentes entenderem que para se ter um clube bem em campo, precisa de uma mente sã no comando.