O diretor do Santa Cruz, Albertino dos Anjos, fez alguns comentários sobre a situação do clube que já virou clichê no futebol pernambucano: a culpa da crise é do passado. A declaração ganhou as redes sociais e, claro, incomodou a quem fez a gestão passada. O ex-vice-presidente Tonico Araújo, ao ser questionado pela reportagem do Blog do Torcedor, rebateu.
"Como é que se fala do passado se não enxerga o presente? Foram 36 jogadores contratados, quatro treinadores. O caso de Derley, um absurdo. Foi contratado, dispensado, trouxeram de volta, depois dispensaram. Quem assume o Santa Cruz, sabe a dificuldade que é. No Arruda, nunca houve facilidade", pontuou.
Tônico falou em tom de lamentação sobre a atuação situação do clube. Segundo ele, ao final da gestão passada, o Santa Cruz tinha dinheiro em caixa, principalmente por ter recebido pouco mais de R$ 400 mil de um patrocinador. Além da falta de uma gestão mais planejada, o ex-dirigente diz estar triste por não ver na atual gestão uma atitude agregadora.
"Quando ele diz 'herança maldita', não agrega o clube. Pelo contrário, afasta. Prometeram salvar o clube estão afundando. Disseram que com a mudança do estatuto, o Santa Cruz mudaria a situação. E não se vê isso. Nunca falamos de gestões passadas. A torcida do Santa Cruz merece respeito", disse Tônico.
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O ex-presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, foi mais brando. Não quis criar polêmica com Albertino dos Anjos. Atualmente como vice da Liga do Nordeste e diretamente envolvido na luta para aprovar a Lei do Mandante, que se refere às transmissões dos jogos, Constantino reforçou o que Tônico declarou: "No Santa Cruz, nada é fácil".
"Eu estou focado na minha vida, nesse trabalho da Liga do Nordeste e torcendo muito para que a situação do Santa Cruz melhore, que tudo dê certo. Enquanto estivemos no santa Cruz, nunca falamos do passado. Quem está no clube tem que saber gerir a partir do agora", disse.