Em crise, futebol pernambucano vê vizinhos crescerem no cenário nacional

O futebol pernambucano já foi, há poucos anos atrás, referência para todo o Nordeste. Em 2016, por exemplo, dois clubes locais jogavam a Série A do Campeonato Brasileiro e com um deles como o campeão da Copa do Nordeste. Mas Pernambuco passou a sucumbir no cenário nacional após sofrer com maus planejamentos, enquanto assiste os vizinhos nordestinos Ceará e Bahia ascenderem no futebol brasileiro.

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O primeiro termômetro a ser usado pode ser a própria Copa do Nordeste, que viu um pernambucano levantando a taça pela última vez em 2016, quando o Santa Cruz fez um primeiro semestre extremamente positivo, chegando a vencer o Estadual em seguida. Desde esse ano, os campeões do Nordestão até a edição de 2021 foram o Bahia, duas vezes (2017 e 2021), o Sampaio Corrêa-MA (2018), o Fortaleza (2019) e o Ceará (2020), que chegou a disputar duas finais seguidas contra o Tricolor baiano.

Além disso, as campanhas de Santa Cruz e Sport na Copa do Nordeste deste ano foram para se esquecer. A Cobra Coral fez sua pior campanha da história na competição ficando na última colocação do Grupo A, enquanto o Leão foi lanterna do Grupo B. O Salgueiro, que foi o pernambucano com o melhor desempenho nesse Nordestão, ficou na 6ª colocação do grupo B.

A nível nacional, o futebol pernambucano ainda agoniza. O Sport vem de campanhas brigando contra o rebaixamento na Série A nos últimos anos e, atualmente, só não está pior colocado que o lanterna Chapecoense no Brasileirão. O Náutico tinha tudo para se manter no G4 da Série B, mas acabou perdendo peças no decorrer da competição que fez o nível do time decair. O Timbu ainda briga pelo acesso, mas não tem a mesma força que tinha no início da temporada.

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O Santa Cruz, que vivia o paraíso há cinco anos, reviverá o inferno com o rebaixamento para a Série D decretada no último final de semana, ficando na lanterna da Série C do Campeonato Brasileiro.

Enquanto isso, os vizinhos vêm fazendo campanhas notáveis nas grandes competições que participam. O Fortaleza vem se destacando mais que os demais, já que chegou na semifinal da Copa do Brasil e está na quarta colocação da Série A. Últimos campeões do Nordeste, o Ceará e o Bahia chegaram a jogar a Copa Sul-Americana esse ano e, apesar de estarem na 13ª e 15ª colocação da Série A, respectivamente, estão bem na briga para permanecer na elite do futebol brasileiro.

Quem também está bem na fita é o futebol alagoano, que tem o CRB como principal representante na Série B, já que o alvirrubro está na quarta colocação e é um dos candidatos ao acesso para a Primeira Divisão. O CSA, também de Alagoas, está na 12ª posição e ainda tem condições de brigar pelo G4.

Campeão do Nordeste em 2018, o Sampaio Corrêa também briga pelo acesso. O clube bateu na trave na última temporada e quer cavar uma vaga na elite brasileira ainda nesta temporada. A equipe maranhense está na 7ª colocação, com o mesmo número de pontos que o Náutico (em 8º com 35).

Na Série C, o Santa Cruz acabou sendo superado por clubes de outros estados nordestinos. A Jacuipense, apesar de estar na zona de rebaixamento e quase com o rebaixamento confirmado, termina o Brasileirão na frente da Cobra Coral.

Além disso, o Floresta-CE, o Altos-PI, o Ferroviário-CE e o Botafogo-PB também escaparam do rebaixamento. O clube paraibano, inclusive, está no G4 da competição e ainda pode terminar a fase de grupos na liderança, caso vença o Santa Cruz na última rodada - sábado (25), às 17h -.

Em 2019, Pernambuco era a melhor colocada do Nordeste no Ranking da CBF, mas foi ultrapassada pela Bahia em 2020 e, em 2021, pelo Ceará. Correndo pelas beiradas, o futebol alagoano é o quarto melhor no ranking da entidade, mas pode subir de posição, a depender das campanhas do CRB e CSA, além do baixo desempenho do Sport na Série A. Nacionalmente, Pernambuco está na 10ª colocação, enquanto Ceará está em 8º e Bahia em 9º.