O ex-técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, acionará a Justiça do Trabalho cobrando ao Timbu valores não pagos do período em que comandou a equipe alvirrubra. Entre as pendências estão salários atrasados, oito meses de FGTS não recolhido, além de premiações pela permanência na Série B do ano passado e do título pernambucano deste ano.
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Também constam débitos referentes às verbas rescisórias, trabalhistas e contratuais, além de direitos e imagem. O Náutico por sua vez, cobra a multa pela quebra de contrato, pelo fato de ter sido Hélio dos Anjos que pediu para sair do clube. Ao todo, o montante gira em torno de R$ 190 mil a ser pago pelo treinador.
De acordo com a apuração do Blog do Torcedor, o técnico propôs um parcelamento do que o Náutico deve a ele, porém o clube não aceitou ou fez uma contraproposta.
"É uma situação que eu encaro com tranquilidade, porque é a realidade do futebol brasileiro. Esperei dez dias e não fui procurado pelo clube. Procurei o departamento jurídico e apresentei a proposta de parcelar o valor.[, mas não houve acordo. Então, como todo e qualquer trabalhador, estou buscando meus direitos dentro da lei trabalhista", afirmou o treinador em contato com o Blog do Torcedor.
Hélio dos Anjos pediu para sair do Náutico no dia 18 de agosto, após a derrota por 1x0 para o Cruzeiro, nos Aflitos. Ele foi peça fundamental na permanência do Timbu na Segundona de 2020, além de liderar os alvirrubros rumo ao titulo do Campeonato Pernambucano e das 14 rodadas que liderou de maneira invicta a Série B deste ano.
"Eu preciso me precaver, tomar minhas providências porque se eu ficar de braços cruzados, fico sem receber o que tenho direito. Quero deixar claro que isso não macula em nada o respeito e a história que tenho no clube", complementou Hélio.
Em entrevista ao repórter João Victor Amorim, da Rádio Jornal, a advogada de Hélio dos Anjos, Manoella Molon, lamentou que o clube e o treinador não chegaram a um denominador comum. "Existem muitos valores não cumpridos pelo clube, então a situação impossibilitou a continuidade do contrato de trabalho. Nós lamentamos muito não ter sido possível chegar a um denominador comum e ter que acionar a Justiça para recebimento daquilo que é devido, mas infelizmente não houve outra alternativa possível", disse.
Procurado pela reportagem, o vice-presidente jurídico do Náutico Bruno Becker não atendeu às nossas ligações.