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Perda milionária com a pandemia, risco de punição na CNRD, dívidas e receitas; vice-presidente do Sport traça um panorama das finanças do clube

Segundo o dirigente, o Sport deixou de arrecadar R$ 6 milhões por conta da pandemia em 2021

Cadastrado por

Haim Ferreira

Publicado em 16/09/2021 às 12:39 | Atualizado em 16/09/2021 às 15:04
EQUACIONAR DÉBITOS Eleitos há cerca de 15 dias, Leonardo Lopes e Yuri Romão (D) vão fazer uma auditoria nas contas do clube - FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM

Não é só dentro de campo que o Sport vive uma crise. Fora dele, a questão financeira também vem dando dor de cabeça para a nova gestão que assumiu o clube no final de julho deste ano. Em entrevista à Rádio Jornal, o vice-presidente do Leão, Yuri Romão, atualizou o panorama das contas da equipe rubro-negra.



De acordo com o gestor, a pauta da volta do público aos estádios é de total interesse do Sport, visto a perda de receita que o time teve durante a pandemia por não poder lucrar com bilheteria. O déficit foi milionário.

"Quanto à questão do público, ela é fundamental pra que a gente possa começar a buscar o equilíbrio financeiro. O torcedor pernambucano, de uma maneira geral, vai ao estádio e isso é muito importante. A conta que a gente faz é que a pandemia tirou da gente, até o meio do ano, R$ 6 milhões do nosso caixa. Isso tem um impacto muito grande nas contas do clube", afirmou.

Apesar de ter deixado de ganhar o montante citado, o Romão afirmou que, na medida do possível, o clube conseguiu faturar bem desde que o presidente Leonardo Lopes assumiu o executivo. Ao todo R$ 8 milhões entraram no caixa rubro-negro. Deste valor, R$ 4 milhões foram usados para pagar as folhas salariais do elenco profissional, da base, além do administrativo. Os outros R$ 4 milhões foram destinados ao pagamento de impostos e obrigações trabalhistas.

Esta última questão, por sinal, vem demandando muita energia do Departamento Jurídico do Leão. São quase 40 processos contra o Sport na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).

"É público que nos temos 36 processos em andamento. Muitos desses processos tinham acordos que não foram honrados. Assim que assumimos, a gente procurou esses demandantes que já estava com os processos em andamento e não estavam recebendo, buscando uma renegociação. Alguns aceitaram, outros ficaram reticentes. Temos a meta de não aumentar esse número de processos, pelo contrário, diminui-los", justificou Yuri Romão.

Ele ainda disse que espera que essas renegociações sejam facilitadas com a chegada do novo presidente interino da CBF, Ednaldo Rodrigues, da Bahia.

"Um fato que estava preocupando um pouco a gente é que a CBF vivia um momento meio turbulento. Mas vimos agora que foi nomeado um presidente interino. A partir de agora, pelo menos a gente espera, que a interlocução com a entidade maior do futebol possa nos dar a condição de negociação para poder honrar com os demandantes", complementou.

O motivo para tanta preocupação em relação aos processos da CNRD é que o Sport pode voltar a ser punido e não poder inscrever jogadores nas competições. Isso já aconteceu no início deste ano por conta da dívida que o Leão tinha como Sporting-POR na época por conta do atacante André.

"Temos que falar a verdade. Corremos risco sim. Estamos nos preparando para danos maiores, tendo reuniões semanalmente, para quando chegarem demandas maiores, o que faremos para honrar. Toda equipe jurídica está trabalhando para não sermos afetados com medidas mais restritivas", finalizou Romão.

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