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Santa Cruz tem pior desempenho da sua história em 2021; confira balanço do ano

Clube tricolor fracassou em todas as competições que participou na temporada

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Haim Ferreira

Publicado em 20/10/2021 às 12:23 | Atualizado em 01/02/2022 às 18:24
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O ano de 2021 ficará marcado na história do Santa Cruz como a pior temporada da história do clube.

Com 40 partidas disputadas, os tricolores tiveram aproveitamento de apenas 27,5%, superando o ano de 1942, quando os corais tiveram 28,5%. Os dados são do SantaStats.

Ao todo, foram apenas sete vitórias, 12 empates e sonoras 21 derrotas. Os números refletiram em vexames em todos os torneios que a equipe do Arruda participou.

No âmbito regional, o Santa Cruz caiu nas semifinais do Campeonato Pernambucano e não passou da fase classificatória da Copa do Nordeste, sendo lanterna do seu grupo.

Veja análise do momento do Santa Cruz com Escrete de Ouro da Rádio Jornal

Quando partimos para as competições nacionais, o cenário também é decepcionante. Os pernambucanos caíram na segunda fase da Copa do Brasil para o Cianorte.

A maior decepção, no entanto, veio no Campeonato Brasileiro, quando os tricolores foram lanternas do certame, caindo pela segunda vez nos seus 107 anos para a Série D, a divisão mais baixa do País.

As consequências agora são inimagináveis para 2022. Com apenas a quarta divisão e o Estadual no calendário, o Santa Cruz precisará ir às semifinais do Pernambucano para ter calendário em 2023, se não subir novamente para a Série C.

CRISE POLÍTICA

O Santa Cruz também viveu uma crise política sem precedentes em 2021. Após episódio de vandalismo em seu escritório de advocacia, o vice-presidente André Frutuoso entregou o cargo.

O presidente do Conselho Deliberativo, Mário Godoy, foi outro que se afastou das suas funções alegando problemas pessoais.

O presidente Joaquim Bezerra, desta forma, se viu isolado no comando executivo coral e agora também deve anunciar a renúncia após menos de um ano de mandato.

FELIPE RIBEIRO / JC IMAGEM
Thomaz Pereira (primeiro da esquerda para a direita) foi mais um a abandonar a atual gestão do Santa Cruz - FELIPE RIBEIRO / JC IMAGEM

TROCA DE TÉCNICOS

O Santa Cruz teve uma média de um treinador a cada um mês e meio em 2021. Foram seis treinadores em 10 meses.

Passaram pelo Arruda Marcelo Martelotte, João Brigatti, Alexandre Gallo, Bolívar, Roberto Fernandes e agora Leston Júnior.

RAFAEL MELO/SANTA CRUZ
PENDÊNCIAS Clube cobra R$ 100 mil de Alexandre Gallo, que quer receber dias que trabalhou no Santa - RAFAEL MELO/SANTA CRUZ

CONTRATAÇÃO EXCESSIVA DE JOGADORES

Buscando reforçar o seu elenco para a temporada, o Santa Cruz acabou pecando pelo excesso no quesito. Quase 50 jogadores foram contratados em 2021.

A resposta dentro de campo, no entanto, não veio e poucos atletas se firmaram como titulares.

RAFAEL MELO/SANTA CRUZ
VOLANTE Derley chegou a ser anunciado como grande contratação pelo Santa Cruz, mas foi dispensado pela segunda vez pela diretoria - RAFAEL MELO/SANTA CRUZ

ATRITO COM A TORCIDA

A torcida tricolor, como era de se esperar, não reagiu bem a um ano melancólico. Episódios de violência não foram raridade nesta temporada.

Em julho, o presidente Joaquim Bezerra se reuniu com integrantes da Inferno Coral, principal torcida organizada do Santa Cruz, dos quais recebeu cobranças.

No mesmo mês, o escritório de advocacia do vice-presidente André Frutuoso foi depredado por tricolores.

O último episódio envolvendo a torcida foi na partida que culminou na não classificação dos corais à Copa do Nordeste, quando o gramado foi invadido e uma conselheira chegou a ser agredida.

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