Os técnicos Hélio do Anjos e Gustavo Florentín não se conheceram pessoalmente. Estão na mesma cidade, mas ainda não se encontraram nos tradicionais programas esportivos, até porque, mesmo já acontecendo flexibilidade nos protocolos de acesso a lugares sociais durante a pandemia. Mas, nessa dança da cadeira do futebol, suas histórias se cruzaram e protagonizaram coincidências.
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A primeira é que Hélio, quando pediu demissão do Náutico, em agosto, teve seu nome cogitado para assumir o Sport, assim que Umberto Louzer foi demitido. No entanto, Florentín foi o contratado. Mas as linhas não se cruzaram apenas por aí.
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Ao buscar um lugar para morar na capital pernambucana, o técnico do Sport sentou suas malas num edifício em Boa Viagem, zona sul do Recife. Dias depois, o Náutico demitiria Marcelo Chamusca. E traria Hélio dos Anjos de volta. Como já está bastante acostumado à capital pernambucana, o comandante alvirrubro queria morar onde estava morando desde setembro no ano passado. Mas o lugar já estava ocupado por um técnico de futebol: Gustavo Florentín.
"Não há problema nisso. É comum acontecer porque tem uma agente que cuida disso. Foi uma coincidência. Gostaria de voltar para lá, porque é bem localizado e já estou acostumado", comentou Hélio dos Anjos, que voltou a morar no bairro de Boa Viagem.
O que é mais fácil, o Náutico subir para a Série A ou o Sport evitar a queda para a Série B?
Dentro de campo, Hélio e Gustavo vivem momentos semelhantes. Neste final de semana, suas equipes enfrentam adversários que já foram protagonistas da final do Brasileirão de 1997. O Leão pega o Palmeiras, fora de casa, e o Timbu encara o Vasco, nos Aflitos. Duelos difíceis, mas que vão servir para medir as forças que os dois elencos vivem nas suas competições, se já firmes em busca dos seus objetivos.
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Apesar do pouco tempo no futebol pernambucano, Gustavo Florentín já sentiu na pele os dois lados da moeda que é dirigir o Sport. Foi duramente criticado nas primeiras partidas. Mas, agora, elogiado por ter transformado o Leão num conjunto mais coeso e focado. Apesar de vir de duas partidas sem vitórias, o Sport mudou a postura, dá sinais de que entendeu a filosofia do técnico e mostra um futebol compacto.
Hélio dos Anjos, por sua vez, tem mais lastro em Pernambuco. Tem no seu currículo quatro títulos estaduais. Mas, na temporada, viveu turbulência semelhante ao seu companheiro de profissão. Pediu demissão após uma sequência de derrotas. O Timbu desceu a ladeira e parecia sem rumo. Um mês depois voltou e já tem três vitórias consecutivas. E de virada. Um exemplo de que confiança é importante para superar as limitações.