Após 50 anos, o Atlético-MG está próximo de voltar a conquistar um Campeonato Brasileiro. A ótima campanha do Galo, somada à liberação da capacidade total do Mineirão, vem fazendo com que o público nos jogos cresça. Na mesma proporção estão sendo relatados episódios lamentáveis de importunação sexual à mulheres entre os alvinegros.
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O primeiro incidente aconteceu com a torcedora Débora Cotta, de 25 anos, que foi ao bar comprar uma cerveja, quando um homem veio em sua direção e lhe agarrou e deu um beijo à força. Ela procurou a Polícia, que conseguiu capturar o momento do crime no sistema de vigilância do Mineirão. Em seu Twitter, ela desabafou.
"Eles conseguiram resgatar as imagens do assédio. O policial que me atendeu foi o mesmo que atendeu ao caso de assédio da semana passada, no jogo do Galo e Grêmio, no qual o Mineirão teve o mesmo descaso com a moça assediada. Nunca tinha passado por algo assim, e não desejo isso pra ninguém. Estou com um sentimento que não sei explicar. E o descaso do Mineirão com essa situação me deixou pior", disse a atleticana.
Torcedora que sofreu o assédio:
O episódio do jogo contra o Grêmio ocorreu com Karinne Marques, de 21 anos. Ela também estava no bar, quando um homem ficou "encoxando" a jovem na fila. Ela tentou se retirar do local, mas o torcedor ficou lhe perseguindo. O ato foi presenciado por um casal, que chamou a segurança particular do estádio, que conteve o torcedor. Ele foi barrado pela vigilância, mas conseguiu se soltar e se evadiu do local.
Em mais um relato das redes sociais, uma torcedora teve a sua mão mordida por se recusar a mostrar a foto de plano de fundo do seu celular para um homem. Na imagem, ela estava de biquini.
O que diz o Atlético-MG?
"O Atlético manifesta absoluto repúdio aos casos de importunação sexual registrados nos últimos jogos no Mineirão. O Clube irá atuar de forma contundente junto às autoridades e à segurança do estádio, no sentido de coibir essa prática e exigir punição aos infratores"
O que diz o Mineirão?
"O Mineirão reitera seu compromisso com a diversidade e a inclusão. O estádio promove a ação "Deixa Ela Trabalhar", pregando respeito às mulheres jornalistas, e mantém a hashtag da campanha (#deixaelatrabalhar) exposta na tribuna de imprensa. Em caso de assédio ou importunação sexual dentro do estádio durante um jogo, o Mineirão aconselha que a torcedora procure a equipe de segurança ou a orientação de público, que vai lhe direcionar até o Jecrim, localizado próximo ao estacionamento G2, onde as autoridades competentes conduzirão a situação"