Com Estadão Conteúdo
Com gols de Keno e Hulk, o Atlético-MG voltou a vencer o Athletico-PR, desta vez por 2x1, sacramentando o título da Copa do Brasil em grande estilo na noite desta quarta-feira (15). Diante de 34 mil rubro-negros, que fizeram muito barulho na Arena da Baixada, o Galo confirmou seu favoritismo - tinha vencido o primeiro jogo por 4x0, no Mineirão -, e faturou mais uma taça na temporada.
O time comandado pelo técnico Cuca fecha 2021 com a tríplice coroa: venceu a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e o Campeonato Mineiro. Além da taça, o time mineiro, que havia sido campeão da Copa do Brasil apenas em 2014, garante R$ 56 milhões de premiação em seus cofres.
A melhor temporada da centenária história do Atlético-MG - a fundação ocorreu em 1908 - só não foi perfeita porque o time ficou pelo caminho na Copa Libertadores. Foi parado na semifinal pelo Palmeiras, que acabaria campeão.
TORCIDA CONTRÁRIA
De uma coisa o Athletico não pode reclamar: de falta de apoio. Os torcedores do time paranaense fizeram de tudo para empurrar o time dentro da arena - fora, ocorreu atos desagradáveis como as pedradas no ônibus com a delegação mineira, que teve um vidro quebrado, sem consequência para os jogadores. E como o teto retrátil da Arena da Baixada foi fechado sob o argumento da chuva, o estádio se tornou uma panela de pressão.
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O problema para os paranaenses é que o Atlético não é o melhor time do Brasil por acaso. É também uma equipe "cascuda", que soube explorar o inútil recurso utilizado inicialmente pelos jogadores do Athletico: o jogo pesado, às vezes violento, argumento típico dos derrotados. E desprovidos de inteligência.
Isso porque, a cada jogada mais ríspida, os jogadores do Atlético se estatelavam no gramado, parando o jogo. Ótimo para quem tinha quatro gols de vantagem.
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GOL ANULADO
Quando percebeu que havia uma chance de reverter o resultado seria jogando, o Athletico até fez gol, em lance em que Cittadini cruzou e Pedro Rocha concluiu, mas o gol foi anulado com auxílio do VAR porque a bola tocou na mão do atacante.
Mas, para piorar, as poucas esperanças dos paranaenses acabaram de vez aos 24 minutos, num contra-ataque do Atlético. Com espaço, Vargas rolou para Zaracho na direita. O argentino avançou e cruzou rasteiro para Keno completar.
O Athletico sentiu o gol e nem a única jogada que tinha, os cruzamentos na área, conseguiu fazer por algum tempo. Já o time mineiro, bem posicionado em campo para interceptar as tentativas adversária e com bom repertório de jogadas ofensivas, acabou criando dois boas chances de ampliar.
Para o Athletico, além de inferior técnica e taticamente, as coisas não davam mesmo certo. Tanto que aos 38 minutos perdeu por contusão Renato Kayzer, bom jogador, mas ontem muito descontrolado e mais preocupado em discutir do que em jogar. Ao ter de sair, o atacante deixou o campo chorando copiosamente.
GOLPE FINAL
Na etapa final, com o time mudado, o Athletico fez pressão, criou boas chances e teve um gol de Mingotti anulado por impedimento milimétrico do atacante.
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O Atlético, porém, tinha a seu favor o fato de poder esperar apenas o tempo passar. Ainda assim, teve chances e ampliou aos 30 minutos, quando Hulk recebeu de Savarino, invadiu e encobriu Santos com um belo toque de esquerda.
Derrota sacramentada, a torcida paranaense deu uma demonstração de amor ao time, reconhecendo o trabalho dos vice-campeões. E foi recompensada com o gol de honra, marcado por Jaderson aos 41 minutos. Festa mesmo, porém, fez a torcida do melhor time do Brasil.
FICHA DO JOGO:
ATHLETICO-PR - Santos; Marcinho (Khellven), Pedro Henrique, Zé Ivaldo e Abner; Erick, Léo Citadini (Jader), Christian (Canesin) e Terans; Pedro Rocha (Jaderson) e Renato Kayzer (Mingotti). Técnico: Alberto Valentim.
ATLÉTICO-MG - Everson; Mariano, Igor Rabelo, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair (Tchê Tchê) e Zaracho (Savarino); Hulk (Sasha), Vargas (Nacho Fernández) e Keno (Calebe). Técnico: Cuca.
GOLS - Keno, aos 24 minutos do primeiro tempo. Hulk, aos 30, e Jaderson, aos 41 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Renato Kayzer, Abner, Vargas, Cittadini, Jair
ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).
RENDA - Não divulgada.
PÚBLICO - 34.050 pagantes.
LOCAL - Arena da Baixada, em Curitiba (PR).