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Brasil e Argentina jogarão a Uefa Nations League, afirma vice-presidente da entidade

Além da dupla, outras seleções sul-americanas também disputarão o torneio

Cadastrado por

Victor Peixoto

Publicado em 17/12/2021 às 11:08 | Atualizado em 17/12/2021 às 11:23
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Os torcedores brasileiros reclamam, recorrentemente, que o Brasil não enfrenta adversário de altíssimo nível durante os ciclos de preparação para a Copa do Mundo e cobra mais jogos contra equipes do primeiro escalão mundial, a maioria delas presentes na Europa.



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Mas, parece que, finalmente, o problema pode chegar ao fim. Isso por que, segundo Zbigniew Boniek, craque do passado pela Polônia e atual vice-presidente da Uefa, afirmou que a partir de 2024, as seleções sul-americanas passarão a disputar a Uefa Nations League, competição que acontece nos biênios que intercalam a Euro e a Copa do Mundo.

"Tivemos uma reunião com a Conmebol, que comanda o futebol na América do Sul. De 2024 em diante, as equipes deste continente vão se juntar à nossa competição", afirmou Boniek.

O formato ainda não foi definido, mas atualmente, as seleções são definidas em quatro divisões, sendo as três primeiras formadas por 16 equipes que se dividem em quatro grupos de quatro times. Com a adição de Brasil, Argentina, Uruguai e as demais sete seleções do continente, é possível e até provável que hajam mudanças.

"Como será o formato? Ainda estamos trabalhando nisso. O calendário de partidas de seleções é bastante restrito, então não há muito espaço para datas", disse Boniek, que ainda não tocou na questão logística da competição, já que, desde sua criação, as seleções jogam em dois turnos, ida e volta, cada qual em um país, o que tornaria um desafio formar um calendário com viagens intercontinentais.

Por fim, Boniek ainda sinalizou que as principais equipes sul-americanas deverão figurar na Liga A (primeira divisão), mas não informou quais delas, embora seja quase impossível que Brasil, Argentina e Uruguai não figurem nessa lista, que deve contar com seis seleções. As demais seleções iriam para a Liga B (segunda divisão).

A decisão impacta diretamente na realidade das seleções. Em primeiro lugar, trás de volta os confrontos entre seleções sul-americanas e europeias fora da Copa do Mundo, o que havia ficado praticamente impossibilitado devido à criação da própria Nations League em 2018, ocupando boa tarde das Datas FIFA tradicionalmente usadas para amistosos. Em segundo, sendo um sucesso comercial impulsiona ainda mais os cofres das federações, aumenta o nível de competitividade, que já era o objetivo original da Uefa e praticamente inviabiliza uma Copa do Mundo de dois em dois anos como planejava a Fifa, que já não tinha espaço no calendário.

A promessa é de grandes confrontos. Na atual edição, o Grupo 3 da Liga A conta com três campeãs mundiais: Itália, Alemanha e Inglaterra, além da Hungria, que já havia caído em um grupo da morte na Euro 2020 com Alemanha, França e Portugal. Este grupo, contudo, não é o primeiro considerado o "da morte". Na primeira edição, 2018/19, vencida por Portugal, os grupos eram formados por três seleções e um deles colocou Holanda, Alemanha e França na disputa por uma única vaga na Semifinal. A atual campeã é a França, que bateu a Espanha na Final de 2021/22.

Essa decisão é apenas a cereja do bolo que envolve uma aproximação entre Uefa e Conmebol, que assinaram um acordo de cooperação na última quarta-feira e planejam realizar eventos de forma conjunta, um deles já com data e local confirmados. Em 1° de junho de 2022, Itália e Argentina se enfrentarão na apelidada de "Supercopa EuroAmérica", que colocará o campeão da Euro e campeão da Copa América frente à frente em Wembley.

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