Por suposta prática homofóbica na Copinha, o Flamengo foi denunciado à Procuradoria de Justiça Desportiva do Estado de São Paulo.
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O motivo da denúncia é a não utilização do número 24 por parte de nenhum dos 30 jogadores inscritos pelo rubro-negro carioca na competição. O argumento do Grupo Arco-Íris, representado pelo advogado Carlos Nicodemus, é que a não utilização do número, associado, pejorativamente aos homossexuais, é uma forma de preconceito e discriminação velada.
"Nem toda homofobia é explícita. Muitas vezes, está implícita e disfarçada. A imagem que fica marcada não é a de um eventual dirigente ou atleta com uma suposta prática homofóbica, mas uma eventual suposta prática de discriminação homofóbica institucional", falou Cláudio Nascimento, presidente do grupo.
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Esta não é a primeira ação protocolada pelo grupo, sediado no Rio de Janeiro, contra o Flamengo pelo mesmo motivo. No final de dezembro, época da divulgação dos inscritos na Copinha, eles protocolaram um questionamento ao clube no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
"O fato da numeração do Clube pular o número 24, considerando a conotação histórico cultural que envolta esse número de associação aos gays, deve ser entendido como uma clara ofensa a comunidade LGBTI+ e como uma atitude homofóbica" foi o argumento utilizado na época.
No ano passado, durante a disputa da Copa América, o grupo também denunciou a Seleção Brasileira e a CBF pelo mesmíssimo motivo, a não utilização do número 24 no elenco. À época, o volante Douglas Luiz, que utilizava a 3, número atípico para a posição, foi um dos alvos mais diretos da denúncia do grupo, que exigia que ele mudasse de numeração e passasse a utilizar a camisa 24, o que não foi possível pelo regulamento não permitir mudanças.
Até o momento o Flamengo, que também não conta com um "número 12", número que representa a torcida e não é utilizado em nenhuma das categorias, não se pronunciou sobre as denúncias.