Michael Masi foi demitido do cargo de diretor-geral de provas da Fórmula 1. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17) pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O australiano estava no cargo desde 2009, quando ocupou a vaga de Charlie Whiting, que morreu no mesmo ano.
O motivo da demissão não foi informado, mas Masi acumulou uma série de polêmicas na Fórmula 1, incluindo o não-cumprimento dos regulamentos esportivos na decisão do campeonato, no GP de Abu Dhabi, que acabou com o título do holandês Max Verstappen.
Apesar de não confirmar o motivo, a demissão ocorre após a abertura de inquérito sobre as decisões tomadas em Yas Marina, que culminou com o título do piloto da Red Bull. Todas as equipes estão sendo consultadas. Em 18 de março, o resultado será divulgado.
A decisão teve apoio do CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali e das outras equipes. Masi, contudo, não deixará a entidade de vez. Ele irá ocupar outro cargo, conforme informou a FIA.
Niels Wittich e Eduardo Freitas irão ocupar a vaga de Masi. Eles serão auxiliados por Herbie Blash, que já atuou como vice-diretor de provas da F1.
Polêmica
A polêmica em questão envolve o GP de Abu Dhabi, onde Masi foi acusado de não cumprir o regulamento esportivo no que diz respeito ao retorno do safety car, o realinhamento dos carros. Verstappen ultrapassou Hamilton na última prova e foi campeão mundial.
Pela regra, todos ou nenhum dos retardatários poderiam realinhar na pista - somente cinco fizeram. Além disso, o safety car só poderia voltar aos boxes depois do realinhamento, ou seja, uma volta depois. Isso ocorreu na mesma volta, o que foi alvo de protestos da Mercedes de Hamilton, que perdeu o caso.