A saga da CBF à procura de um novo treinador segue sem uma definição e com vários reveses. Com uma aparente predileção por nomes estrangeiros, a entidade que controla a Seleção Brasileira teria procurado pelo menos três nomes e todos recusaram.
Primeiro, foi o jornal britânico The Mirror, que informou, neste sábado (7), as recusas de Carlo Ancelotti e Pep Guardiola. O primeiro tem contrato com o Real Madrid até junho de 2024 e nem sequer teria aberto conversas.
O segundo, por sua vez, até teria dado início às negociações, mas a pedida salarial foi muito acima do teto da CBF, que desistiu da sua contratação e o viu renovar com o Manchester City até junho de 2025.
Mais tarde, foi o L'Équipe que informou que Zinédine Zidane também teria recusado um convite da CBF, que agora passa a ter um leque mais restrito de opções.
RECUSAS DE "TOPS" TORNA ABEL FERREIRA E JORGE JESUS FAVORITOS A ASSUMIR SELEÇÃO BRASILEIRA; ENTENDA
Todos os nomes acima citados já foram campeões da Champions e são considerados "treinadores de topo" no futebol mundial. Embora nomes como Luís Enrique, Joachim Löw e van Gaal estejam livres no mercado, eles não ganharam muita força entre os rumores do novo treinador da Seleção.
Em contrapartida, a CBF também não se mostra disposta a procurar um treinador brasileiro, embora os nomes de Fernando Diniz, do Fluminense, e Dorival Júnior, sem clube, tenham sido ventilados.
Diante disso, as atenções se voltam para dois portugueses: Abel Ferreira e Jorge Jesus.
O primeiro tem contrato com o Palmeiras até dezembro de 2024, o que forçaria a CBF a pagar a sua multa rescisória avaliada em 5 milhões de euros (R$ 27,8 milhões).
Em entrevista, dada em Portugal, Abel não negou que aceitaria um eventual convite, mas se disse focado no Palmeiras.
Já Jorge Jesus tem contrato com o Fenerbahçe até junho de 2023 e pode deixar o clube turco para assumir um novo desafio, de mais prestígio, ao fim da temporada europeia. O prazo caberia na tolerância da CBF, que elegeria um interino para as Data Fifa de março.
Além disso, ambos representam o "melhor de dois mundos", sendo estrangeiros, mas com experiência, e sucesso no futebol brasileiro, tendo contato mais próximo com a cultura, e com pessoas ligadas ao nosso futebol, de dirigentes à jornalistas e, claro, jogadores.